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Histórias fílmicas que valham a pena. Fotos insignificantemente indispensáveis.
segunda-feira, fevereiro 28, 2005
Bom, errei um monte e acertei algumas.
Pra meu deleite, Menina de Ouro levou os melhores prêmios, filme, direção, atriz, e ator coadjuvante.Merecia mesmo.
Eu só fiquei torcendo pelo Scorcese porque o cara é muito foda me nunca ganhou, mas como eu disse antes O Aviador é muito porcaria, filme menor dele.
Jamie Foxx ganhou como ator como esperado, hoje vou assistir Ray! hehehe
Gostei que O Aviador tenha ganho prêmio de fotografia, é linda mesmo. Mas achei injusto Menina não ter sido indicado para fotografia, porque é magistral o claro/escuro do filme. E o filme do Scorcese ainda ganhou em figurino, direção de arte, e montagem. Gostei porque a montadora do filme montou todos os filme do Scorcese e sempre que em revistas fazem matérias sobre montagem, edição, as matérias são com ela. A mulher arrasa!
Os Incríveis ganhou como animação, que bom!
E obviamente Mar Adentro levou, filme ridículo. O filme alemão indicado "Downfall" é o filme do Hitler, tô doido pra ver. MAs claro que não ganharia.
Outro prêmio bom foi de roteiro para Brilho Eterno ( o outro foi pra Sideways).
A bobagem da noite pra mim foi a Cate ganhar. Repito: ela tá caricata no filme, ruim que dói!
E só.
Festinha besta.
Só gostei da Giselle na primeir afila...hehehe Be happy:
Pra meu deleite, Menina de Ouro levou os melhores prêmios, filme, direção, atriz, e ator coadjuvante.Merecia mesmo.
Eu só fiquei torcendo pelo Scorcese porque o cara é muito foda me nunca ganhou, mas como eu disse antes O Aviador é muito porcaria, filme menor dele.
Jamie Foxx ganhou como ator como esperado, hoje vou assistir Ray! hehehe
Gostei que O Aviador tenha ganho prêmio de fotografia, é linda mesmo. Mas achei injusto Menina não ter sido indicado para fotografia, porque é magistral o claro/escuro do filme. E o filme do Scorcese ainda ganhou em figurino, direção de arte, e montagem. Gostei porque a montadora do filme montou todos os filme do Scorcese e sempre que em revistas fazem matérias sobre montagem, edição, as matérias são com ela. A mulher arrasa!
Os Incríveis ganhou como animação, que bom!
E obviamente Mar Adentro levou, filme ridículo. O filme alemão indicado "Downfall" é o filme do Hitler, tô doido pra ver. MAs claro que não ganharia.
Outro prêmio bom foi de roteiro para Brilho Eterno ( o outro foi pra Sideways).
A bobagem da noite pra mim foi a Cate ganhar. Repito: ela tá caricata no filme, ruim que dói!
E só.
Festinha besta.
Só gostei da Giselle na primeir afila...hehehe Be happy:
domingo, fevereiro 27, 2005
Essa é a minha listinha de filmes que deveriam ganhardo Oscar, feita horas antes da premiação.
Meus critérios são absolutamente pessoais, diferente do próprio Oscar, que de pessoal não tem nada.
Assim sendo, levando em conta as lágrimas que eu chorei esses últimos dias nos filmes que vi, vamos à tal.
Melhor Filme: Menina de Ouro. Com certeza o melhor Clint e a melhor das opções que concorrem. Filmaço!
Melhor Diretor: Martin Scorcese. Apesar de ter feito um filme super irregular, é gritante o quanto o cara é um puta diretor, diferente de todo mundo. Acho que quem chega quase a séus pés hoje é o Clint, o Marc Forster eo Michel Gondry.
Melhor Ator: pra mim deveria ganhar o Leonardo. De novo apesar do filme, ele tá muito bem. Sou fã mesmo! Apesar de babar no Johnny Depp também, que é genial e nesse filme tá inacreditável. Fiquei na dúvida agora! Acho que prefiro o Depp.
Melhor atriz: eu acho que a Hillary Swank devia ganhar MESMO! Ela tá muito fodona nesse filme. Gosto muito da Kate no Mente Brilhante também, mas Menina de Ouro é muito animal!
Ator Coadjuvante: difícil. Eu gosto do Jammie Foxx no Colateral, acho um puta filme! Mas também gosto do Allan Alda no Aviador, nem curto muito ele, mas ele tá muito foda no filme. Mas deve ganhar o Clive Owen, apesar do filme lixo Closer.
Atriz Coadjuvante: eu não daria pra nenhuma das indicadas. Se fosse obrigado, dari pra Virginia Madsen, acho ela muito boa. Acho a Cate super canastrona no Aviador, over demais.
Roteiro Original: Mente Brilahnte, sem dúvidas. O melhor filme americano do ano passado.
Roteiro Adaptado: fico entre Menina de Ouro e a Terra do Nunca. Mas também acho que os dois são fracos.
Filme Estrangeiro: só vi dois e odiei os dois, o francês e o espanhol. Espero que ganhe qualquer outro.
Direção de Arte: ou aviador ou terra do nunca. Lindos os dois.
Fotografia: Aviador. Technicolor forever!!!!!
Filme de Animação: Os Incríveis. Apesar de Shrek 2 ser muito bom também.
Figurino: Terra do Nunca. Impecável!
Edição: Colateral. Acho a montagem e o ritmo desse filme uma aula de cinema.
Maquiagem: Desventuras em Série. O filme é lindo, com direçnao de arte bem boa e tudo o que vem junto, como a maquiagem. Be happy:
Meus critérios são absolutamente pessoais, diferente do próprio Oscar, que de pessoal não tem nada.
Assim sendo, levando em conta as lágrimas que eu chorei esses últimos dias nos filmes que vi, vamos à tal.
Melhor Filme: Menina de Ouro. Com certeza o melhor Clint e a melhor das opções que concorrem. Filmaço!
Melhor Diretor: Martin Scorcese. Apesar de ter feito um filme super irregular, é gritante o quanto o cara é um puta diretor, diferente de todo mundo. Acho que quem chega quase a séus pés hoje é o Clint, o Marc Forster eo Michel Gondry.
Melhor Ator: pra mim deveria ganhar o Leonardo. De novo apesar do filme, ele tá muito bem. Sou fã mesmo! Apesar de babar no Johnny Depp também, que é genial e nesse filme tá inacreditável. Fiquei na dúvida agora! Acho que prefiro o Depp.
Melhor atriz: eu acho que a Hillary Swank devia ganhar MESMO! Ela tá muito fodona nesse filme. Gosto muito da Kate no Mente Brilhante também, mas Menina de Ouro é muito animal!
Ator Coadjuvante: difícil. Eu gosto do Jammie Foxx no Colateral, acho um puta filme! Mas também gosto do Allan Alda no Aviador, nem curto muito ele, mas ele tá muito foda no filme. Mas deve ganhar o Clive Owen, apesar do filme lixo Closer.
Atriz Coadjuvante: eu não daria pra nenhuma das indicadas. Se fosse obrigado, dari pra Virginia Madsen, acho ela muito boa. Acho a Cate super canastrona no Aviador, over demais.
Roteiro Original: Mente Brilahnte, sem dúvidas. O melhor filme americano do ano passado.
Roteiro Adaptado: fico entre Menina de Ouro e a Terra do Nunca. Mas também acho que os dois são fracos.
Filme Estrangeiro: só vi dois e odiei os dois, o francês e o espanhol. Espero que ganhe qualquer outro.
Direção de Arte: ou aviador ou terra do nunca. Lindos os dois.
Fotografia: Aviador. Technicolor forever!!!!!
Filme de Animação: Os Incríveis. Apesar de Shrek 2 ser muito bom também.
Figurino: Terra do Nunca. Impecável!
Edição: Colateral. Acho a montagem e o ritmo desse filme uma aula de cinema.
Maquiagem: Desventuras em Série. O filme é lindo, com direçnao de arte bem boa e tudo o que vem junto, como a maquiagem. Be happy:
domingo, fevereiro 20, 2005
Curto e grosso: Mar Adentro é uma porcaria.
Filmão “roliudiano” porcaria, ainda por cima.
Foi feito na Espanha, com um elenco bacana, por um diretor bacana, a partir de uma história que a princípio seria bem interessante e bacana e o filme é… uma porcaria!
Só que ao que me parece, o diretor, o chileno Alejandro Amenábar, depois de ter caído nas graças de Tom Cruise que comprou os direitos do seu ótimo Abre Los Ojos e o refez na porcaria Vanilla Sky, depois de ter filmado em Hollywood com a Nicole Kidman o genial Os Outros, acho que ele resolveu que teria que fazer um filme americano na Espanha, onde mora.
Daí, com dinheiro, comprou os direitos de uma história interessante, arrumou o melhor elenco que poderia na Espanha hoje em dia, a meu ver e fez essa decepção de filme.
A história é a de Ramon Sanpedro, um tetraplégico que por 28 anos tentou se matar legalmente, com autorização da justiça, porque, sendo tetraplégico não conseguiria fazer nada sozinho.
No filme, Sanpedro é vivido pelo sempre bom Javier Bardem, que nesse filme está ótimo, o que é pouco, ao meu ver. Eu não fiquei empolgado, arrebatado pela sua atuação. O personagem é genial, interessante, inteligente, cativante, mas no filme Bardem é só um cara bacana, que escreve bem, que com seu carisma faz com que sua família mude toda a sua rotina pra tomar conta dele.
Eu destaco aqui como a melhor passagem de Bardem o fim do filme quando ele lê em off seu poema Mar Adentro, lindo de cortar o coração.
Mais uma vez, nesse filme como no também chileno Machuca (a porcaria, que fique-se claro) o personagem que diz as “verdades verdadeiras” é o uqe menos aparece no filme, o irmão mais velho de Ramon, que ao não querer que ele se mate, diz que toda a sua família, ele, sua mulher, seu filho e su pai, todos vivem em funçnao do irmão doente, e que nunca cobraram nada em troca, mas que naquele momento pedia, exigia que o irmão não se matasse, apesar de tudo. Essa súplica amorosa é o contraponto de todo o filme que é sobre o poder de escolha, a liberdade de ir e vir e fazer o que se quer, se quer viver ou morrer, porque Ramon acha que ele vivo do jeito que vive é um peso pra todo mundo que o rodeia e pra ele mesmo. O não se aceitar pesa mais do que qualquer coisa pra ele. Ele conta com a juda de uma ONG (?) que se chama morte digna ou qualquer coisa parecida, onde eles tentam achar meios legais para ajudar pessoas como Ramon que tentam se matar com autorização.
O que me irritou no filme nem é a história toda do mata não mata, as discussões do que é legal ou não, quando sabíamos desde o início que ele morreria no final.
O que me irrita é a pretensão do diretor que erra a mão feio.
Ele tenta se mostrar demais, fazer planos malucões, colocar a câmera em lugares malucões e só faz errado.
Erra na mosca.
E outra coisa irritante no filme é a trilha sonora, que também quer aparecer demais, muita música em lugar errado e mal mixada, muito alta.
E, coincidentemente, a música é feita pelo próprio Amenábar (como no filme do Clint!).
Deixa a trilha pra gente boa, meus caros, nos dois casos acabou-se atrapalhando, a meu ver.
Quanto ao resto do elenco do filme, é um colírio, principalemnte o elenco feminino: são atrizes maravilhosas, em papéis absolutamente distintos, nenhuma mulher é parecida em nada com outra, elas são praticamente estereótipos vividos por grande atrizes (e acho que aí está outro dos problemas do filme, tudo é muito estereotipado demais).
E pra finalizar, ainda acho que esse filme está na categoria dos filmes que não precisam ser vistos.
Esperemos pelo próximo Amenábar, o diretor do ótimo Tesis e dos outros dois já citados aqui.
Parece que ele foi até Los Angeles e já volta.
Mas eu espero. Be happy:
Filmão “roliudiano” porcaria, ainda por cima.
Foi feito na Espanha, com um elenco bacana, por um diretor bacana, a partir de uma história que a princípio seria bem interessante e bacana e o filme é… uma porcaria!
Só que ao que me parece, o diretor, o chileno Alejandro Amenábar, depois de ter caído nas graças de Tom Cruise que comprou os direitos do seu ótimo Abre Los Ojos e o refez na porcaria Vanilla Sky, depois de ter filmado em Hollywood com a Nicole Kidman o genial Os Outros, acho que ele resolveu que teria que fazer um filme americano na Espanha, onde mora.
Daí, com dinheiro, comprou os direitos de uma história interessante, arrumou o melhor elenco que poderia na Espanha hoje em dia, a meu ver e fez essa decepção de filme.
A história é a de Ramon Sanpedro, um tetraplégico que por 28 anos tentou se matar legalmente, com autorização da justiça, porque, sendo tetraplégico não conseguiria fazer nada sozinho.
No filme, Sanpedro é vivido pelo sempre bom Javier Bardem, que nesse filme está ótimo, o que é pouco, ao meu ver. Eu não fiquei empolgado, arrebatado pela sua atuação. O personagem é genial, interessante, inteligente, cativante, mas no filme Bardem é só um cara bacana, que escreve bem, que com seu carisma faz com que sua família mude toda a sua rotina pra tomar conta dele.
Eu destaco aqui como a melhor passagem de Bardem o fim do filme quando ele lê em off seu poema Mar Adentro, lindo de cortar o coração.
Mais uma vez, nesse filme como no também chileno Machuca (a porcaria, que fique-se claro) o personagem que diz as “verdades verdadeiras” é o uqe menos aparece no filme, o irmão mais velho de Ramon, que ao não querer que ele se mate, diz que toda a sua família, ele, sua mulher, seu filho e su pai, todos vivem em funçnao do irmão doente, e que nunca cobraram nada em troca, mas que naquele momento pedia, exigia que o irmão não se matasse, apesar de tudo. Essa súplica amorosa é o contraponto de todo o filme que é sobre o poder de escolha, a liberdade de ir e vir e fazer o que se quer, se quer viver ou morrer, porque Ramon acha que ele vivo do jeito que vive é um peso pra todo mundo que o rodeia e pra ele mesmo. O não se aceitar pesa mais do que qualquer coisa pra ele. Ele conta com a juda de uma ONG (?) que se chama morte digna ou qualquer coisa parecida, onde eles tentam achar meios legais para ajudar pessoas como Ramon que tentam se matar com autorização.
O que me irritou no filme nem é a história toda do mata não mata, as discussões do que é legal ou não, quando sabíamos desde o início que ele morreria no final.
O que me irrita é a pretensão do diretor que erra a mão feio.
Ele tenta se mostrar demais, fazer planos malucões, colocar a câmera em lugares malucões e só faz errado.
Erra na mosca.
E outra coisa irritante no filme é a trilha sonora, que também quer aparecer demais, muita música em lugar errado e mal mixada, muito alta.
E, coincidentemente, a música é feita pelo próprio Amenábar (como no filme do Clint!).
Deixa a trilha pra gente boa, meus caros, nos dois casos acabou-se atrapalhando, a meu ver.
Quanto ao resto do elenco do filme, é um colírio, principalemnte o elenco feminino: são atrizes maravilhosas, em papéis absolutamente distintos, nenhuma mulher é parecida em nada com outra, elas são praticamente estereótipos vividos por grande atrizes (e acho que aí está outro dos problemas do filme, tudo é muito estereotipado demais).
E pra finalizar, ainda acho que esse filme está na categoria dos filmes que não precisam ser vistos.
Esperemos pelo próximo Amenábar, o diretor do ótimo Tesis e dos outros dois já citados aqui.
Parece que ele foi até Los Angeles e já volta.
Mas eu espero. Be happy:
sábado, fevereiro 19, 2005
Já me disseram que deve-se sempre duvidar ou não levar tanto em consideração críticas escritas no calor do momento, para o bem ou para o mal.
E já vou deixando claro que esse texto aqui foi está sendo escrito no calor do momento.
De propósito.
Saí do cinema e corri pra casa pra fazê-lo.
Menina De Ouro, o mais recente filme de Clint Eastwood é um colírio, uma delícia de um filme no meio da lixarada que tenho visto ultimamente.
(Primeiro parêntese: uma vez aprendi que não se deve dizer “o último filme de Clint Eastwood” a respeito de seu mais recente filme, afinal, ele ainda não morreu, então esse provavelmente não é seu último filme, se os deuses do cinema assim permitirem).
Eu na verdade nem sei por onde começar a falar do filme, tudo é muito bom.
Na verdade, vou começar falando do que eu não gostei do filme, que são duas coisas.
Uma delas é a trilha, achei fraca e talvez um pouco impertinente.
O gênio Hitchcock já disse que mais importante que saber fazer uma música boa e saber colocá-la no lugar certo em um filme, mais importante mesmo é saber onde não colocar a música.
E na minha modesta opinião, nesse filme, além da música não ser assim tão boa, em vários momentos ela incomoda e nem pela sua qualidade, mas por não precisar estar lá.
E outro problema a meu ver é a locução off durante o filme todo do negão contando a história do filme. Tudo bem que se justifica no final e foi um recurso usado para poder explicar o que acontece no fim, mas eu acho que acabou sendo um luxo do roteirista do filme que é um dos produtores, diga-se de passagem. E eu acho um pecado mesmo ter essa coisa do voice over depois da prova cabal que é Blade Runner, a versão do diretor sem a locução é um milhão de vezes melhor que a versão original. Depois disso, quem faz o voice over, mesmo com todas as desculpas possíveis, tem que levar um puxão de orelha (e digo isso mesmo pra outro filme que tanto amo e que já comentei aqui antes que é Code 46, que aliás tem o mesmo propósito desse filme, então, chega mesmo porque já está ficando óbvio demais).
For a esses dois “pecadilhos”, o filme é um primor.
Começando pela luz do filme: Tom Stern é o cara a se idolatrar. Pelo que pude saber, é um fotógrafo novo, fez o filme anterior do Clint e mais uns outro dois e só. Antes tinha sido eletricista chefe, assistente de câmera. Mas o seu claro-escuro em “Menina…” é um primor, uma obra de arte. Imagino quais teriam sido suas referências e como ele deve ter pesquisado para chegar naquele jogo de sombras que permeia todo o filme. Muita meia luz, muita luz só nos olhos, muito contr-luz nos momentos mais importantes do filme. Ousado, pra definir em uma única palavra.
A direção de atores do filme é outro ponto chave: os sotaques, os não exageros onde “deveriam” haver, os closes, Hilary Swank que deveria ganhar todos os prêmios de interpretação do ano facilmente, masculina e feminina, Morgan Freeman dando aula de como se portar de maneira tão glamurosa (verdade!!!!) sendo um faxineiro de uma academia de boxe de quinta e o grande Clint sendo um cara que a gente nunca viu antes. Verdade, ele me surpreendeu de uma forma singular, não consegui encontrar em seu personagem nada do que já tenha visto dele antes e com certeza é isso o que separa do “resto” dos fodões do cinema americano.
Isso e seu poder, seu dom magnífico de dirigir, de criar clima, de saber onde colocar a câmera, de saber conseguir que seus atores façam exatamente o que ele quer e de finalmente fazer com que seus filmes sejam únicos, sejam um deleite para seus espectadores e um colírio (de novo) para seus fãs (sim soou seu fã de carteirinha).
E como disse o maleta do Spielberg em algum lugar, é uma bênção ver que um cara como o Clint, “o” Clint, com seus 70 e tantos anos, venha fazendo filmes cada vez melhores com o passar do tempo.
Bom pra nós que vemos esses filmes.
E esperamos pelo próximo. Be happy:
E já vou deixando claro que esse texto aqui foi está sendo escrito no calor do momento.
De propósito.
Saí do cinema e corri pra casa pra fazê-lo.
Menina De Ouro, o mais recente filme de Clint Eastwood é um colírio, uma delícia de um filme no meio da lixarada que tenho visto ultimamente.
(Primeiro parêntese: uma vez aprendi que não se deve dizer “o último filme de Clint Eastwood” a respeito de seu mais recente filme, afinal, ele ainda não morreu, então esse provavelmente não é seu último filme, se os deuses do cinema assim permitirem).
Eu na verdade nem sei por onde começar a falar do filme, tudo é muito bom.
Na verdade, vou começar falando do que eu não gostei do filme, que são duas coisas.
Uma delas é a trilha, achei fraca e talvez um pouco impertinente.
O gênio Hitchcock já disse que mais importante que saber fazer uma música boa e saber colocá-la no lugar certo em um filme, mais importante mesmo é saber onde não colocar a música.
E na minha modesta opinião, nesse filme, além da música não ser assim tão boa, em vários momentos ela incomoda e nem pela sua qualidade, mas por não precisar estar lá.
E outro problema a meu ver é a locução off durante o filme todo do negão contando a história do filme. Tudo bem que se justifica no final e foi um recurso usado para poder explicar o que acontece no fim, mas eu acho que acabou sendo um luxo do roteirista do filme que é um dos produtores, diga-se de passagem. E eu acho um pecado mesmo ter essa coisa do voice over depois da prova cabal que é Blade Runner, a versão do diretor sem a locução é um milhão de vezes melhor que a versão original. Depois disso, quem faz o voice over, mesmo com todas as desculpas possíveis, tem que levar um puxão de orelha (e digo isso mesmo pra outro filme que tanto amo e que já comentei aqui antes que é Code 46, que aliás tem o mesmo propósito desse filme, então, chega mesmo porque já está ficando óbvio demais).
For a esses dois “pecadilhos”, o filme é um primor.
Começando pela luz do filme: Tom Stern é o cara a se idolatrar. Pelo que pude saber, é um fotógrafo novo, fez o filme anterior do Clint e mais uns outro dois e só. Antes tinha sido eletricista chefe, assistente de câmera. Mas o seu claro-escuro em “Menina…” é um primor, uma obra de arte. Imagino quais teriam sido suas referências e como ele deve ter pesquisado para chegar naquele jogo de sombras que permeia todo o filme. Muita meia luz, muita luz só nos olhos, muito contr-luz nos momentos mais importantes do filme. Ousado, pra definir em uma única palavra.
A direção de atores do filme é outro ponto chave: os sotaques, os não exageros onde “deveriam” haver, os closes, Hilary Swank que deveria ganhar todos os prêmios de interpretação do ano facilmente, masculina e feminina, Morgan Freeman dando aula de como se portar de maneira tão glamurosa (verdade!!!!) sendo um faxineiro de uma academia de boxe de quinta e o grande Clint sendo um cara que a gente nunca viu antes. Verdade, ele me surpreendeu de uma forma singular, não consegui encontrar em seu personagem nada do que já tenha visto dele antes e com certeza é isso o que separa do “resto” dos fodões do cinema americano.
Isso e seu poder, seu dom magnífico de dirigir, de criar clima, de saber onde colocar a câmera, de saber conseguir que seus atores façam exatamente o que ele quer e de finalmente fazer com que seus filmes sejam únicos, sejam um deleite para seus espectadores e um colírio (de novo) para seus fãs (sim soou seu fã de carteirinha).
E como disse o maleta do Spielberg em algum lugar, é uma bênção ver que um cara como o Clint, “o” Clint, com seus 70 e tantos anos, venha fazendo filmes cada vez melhores com o passar do tempo.
Bom pra nós que vemos esses filmes.
E esperamos pelo próximo. Be happy:
terça-feira, fevereiro 15, 2005
E a maré ruim de filmes continua.
Agora com um filme que prometia bastante, a crítica falando bem, os “antenados” curtindo, arrebatando prêmios em festivais internacionais e tudo.
Mas quando fui ver, quase chorei.
O filme é o chileno Machuca, dirigido pelo mala Andres Wood.
Inacreditavelmente ganhou prêmio em Cannes. Se bem que nem tão inacreditavelmente assim, já que o prêmio que ganhou foi o mesmo que a bomba Diários de Motocicleta ganhou ano passado.
Eu tô acahando que essa “onda latina” já tá saindo de controle, porque o povo vê qualquer filminho que venha daqui de baixo e acha genial, principalmente os velhos e bons filmes mostrando miséria e golpe militar.
Ai que preguiça!
Machuca é a história de um moleque, em 1973, ano do golpe no Chile, um moleque burguesinho, gordinho, chato, que estuda num colégio católico burguês, com uns padres gringos meio malucões que pegam as crianças que moram na periferia e não têm onde estudar e levam pro tal colégio.
O gordinho fica amigo do Machuca do título, um molequinho que é seu oposto, esperto, moreninho (o pentelho é ruivo; gordinho e ruivo, maior estereótipo judeu burguesinho impossível), pobre, o pai é bêbado, a mãe cuida dele e de mais um bebê sozinha,moram numa favela e ainda por cima o moleque trabalha vendendo bandeirinhas em passeatas, nas pró e nas contra o governo, o que interessa é ganhar dinheiro.
Bom, o filme até aí já tem de tudo, golpe militar, passeatas, pobres tentando se virar no meio disso tudo, a classe média/alta nem ligando pra o que tá acontecendo ao seu redor, o típico filme/novela latino pra gringo ver.
E se não bastasse todos esse clichês,o o elenco sofre nas mãos do diretor: a direção de atores é sofrível. Acho que os dois únicos personagens que se salvam são o pai do menino Machuca e a amiga dele, que mora na favela com ele e que também vende as bandeirinhas nas passeatas, que faz o papel da miserável revoltada, que briga com as mulheres burguesas e é a “responsável” pelo toque de “desabrochar sexual” do filme, dando beijos de língua nos dois meninos enquanto eles comem leite condensado no meio do lixão (nada mais cinema marginal/anos 70 que essas sequências; o Sganzerla deve estar se batendo no inferno).
O filme, sendo bem sincero, é uma tentativa de ser uma mistura de Sociedade dos Poetas Mortos e o grande, genial Adeus, Meninos.
Só que uma mistura que não dá muito certo, porque as referências são tão óbvias, o diretor meio que copia sequências inteiras desses filmes, que na verdade nos deixa com saudades dos originais.
E o pior é que a gente vai vendo o filme e adivinhando tudo o que vai acontecer.
O que me parece, na verdade, é que o diretor passou por tudo isso (ele tem declarado por aí que o filme tem toques autobiográficos). Ele com certeza era o burguesinho que teve o amigo pobre na escola e hooje ele deve se arrepender, se remoer e se giletar por não ter feito nada pelo amigo na época.
A melhor sequência do filme pra mim é quando os meninos chegam na favela, na casa de Machuca e encontram seu pai batendo na mãe que segura um nenê no colo porque ele, o pai, bêbado, quer dinheiro pra beber mais ainda.
Ele vê o ruivinho bem vestido com o filho e a amiga e quer saber quem é. Logo diz pro filho não ficar muito amimgo dele porque daqui um tempo, ele vai estar cuidando da empresa do pai e ele, o pobre, vai estar no máximo lavando o banheiro da empresa dele.
E sai.
Eu, na minha modesta opinião de cinéfilo inveterado e descobridor de bandeiras e afins, acho que isso ou alguma coisa muito parecida deve ter acontecido com o diretor quando era pequeno, ele era o gordinho mala e o pai bêbado/estranho do seu amigo pobre deve ter dito isso pro filho e, eureka, deve ter acontecido na vida real.
Eles devem ter se separado, nunca mais se viram, ele deve ter esquecido o nome do amigo e “ viveu com essa culpa, esse peso a vida inteira” ( nas aspas, leia-se com uma ponta de sarcasmo).
O fim da história é que ele é chato mesmo, recalcado e me pareceu que fez esse filme pra expiar seus pecados (deve se sentir tão culpado que deve sentir que o que fez, ou o que não fez, ou o pelo que passou , pecados, daí passíveis de expiação).
Chato é a palavra que melhor define esse filme.
Chato mesmo.
Fuja. Be happy:
Agora com um filme que prometia bastante, a crítica falando bem, os “antenados” curtindo, arrebatando prêmios em festivais internacionais e tudo.
Mas quando fui ver, quase chorei.
O filme é o chileno Machuca, dirigido pelo mala Andres Wood.
Inacreditavelmente ganhou prêmio em Cannes. Se bem que nem tão inacreditavelmente assim, já que o prêmio que ganhou foi o mesmo que a bomba Diários de Motocicleta ganhou ano passado.
Eu tô acahando que essa “onda latina” já tá saindo de controle, porque o povo vê qualquer filminho que venha daqui de baixo e acha genial, principalmente os velhos e bons filmes mostrando miséria e golpe militar.
Ai que preguiça!
Machuca é a história de um moleque, em 1973, ano do golpe no Chile, um moleque burguesinho, gordinho, chato, que estuda num colégio católico burguês, com uns padres gringos meio malucões que pegam as crianças que moram na periferia e não têm onde estudar e levam pro tal colégio.
O gordinho fica amigo do Machuca do título, um molequinho que é seu oposto, esperto, moreninho (o pentelho é ruivo; gordinho e ruivo, maior estereótipo judeu burguesinho impossível), pobre, o pai é bêbado, a mãe cuida dele e de mais um bebê sozinha,moram numa favela e ainda por cima o moleque trabalha vendendo bandeirinhas em passeatas, nas pró e nas contra o governo, o que interessa é ganhar dinheiro.
Bom, o filme até aí já tem de tudo, golpe militar, passeatas, pobres tentando se virar no meio disso tudo, a classe média/alta nem ligando pra o que tá acontecendo ao seu redor, o típico filme/novela latino pra gringo ver.
E se não bastasse todos esse clichês,o o elenco sofre nas mãos do diretor: a direção de atores é sofrível. Acho que os dois únicos personagens que se salvam são o pai do menino Machuca e a amiga dele, que mora na favela com ele e que também vende as bandeirinhas nas passeatas, que faz o papel da miserável revoltada, que briga com as mulheres burguesas e é a “responsável” pelo toque de “desabrochar sexual” do filme, dando beijos de língua nos dois meninos enquanto eles comem leite condensado no meio do lixão (nada mais cinema marginal/anos 70 que essas sequências; o Sganzerla deve estar se batendo no inferno).
O filme, sendo bem sincero, é uma tentativa de ser uma mistura de Sociedade dos Poetas Mortos e o grande, genial Adeus, Meninos.
Só que uma mistura que não dá muito certo, porque as referências são tão óbvias, o diretor meio que copia sequências inteiras desses filmes, que na verdade nos deixa com saudades dos originais.
E o pior é que a gente vai vendo o filme e adivinhando tudo o que vai acontecer.
O que me parece, na verdade, é que o diretor passou por tudo isso (ele tem declarado por aí que o filme tem toques autobiográficos). Ele com certeza era o burguesinho que teve o amigo pobre na escola e hooje ele deve se arrepender, se remoer e se giletar por não ter feito nada pelo amigo na época.
A melhor sequência do filme pra mim é quando os meninos chegam na favela, na casa de Machuca e encontram seu pai batendo na mãe que segura um nenê no colo porque ele, o pai, bêbado, quer dinheiro pra beber mais ainda.
Ele vê o ruivinho bem vestido com o filho e a amiga e quer saber quem é. Logo diz pro filho não ficar muito amimgo dele porque daqui um tempo, ele vai estar cuidando da empresa do pai e ele, o pobre, vai estar no máximo lavando o banheiro da empresa dele.
E sai.
Eu, na minha modesta opinião de cinéfilo inveterado e descobridor de bandeiras e afins, acho que isso ou alguma coisa muito parecida deve ter acontecido com o diretor quando era pequeno, ele era o gordinho mala e o pai bêbado/estranho do seu amigo pobre deve ter dito isso pro filho e, eureka, deve ter acontecido na vida real.
Eles devem ter se separado, nunca mais se viram, ele deve ter esquecido o nome do amigo e “ viveu com essa culpa, esse peso a vida inteira” ( nas aspas, leia-se com uma ponta de sarcasmo).
O fim da história é que ele é chato mesmo, recalcado e me pareceu que fez esse filme pra expiar seus pecados (deve se sentir tão culpado que deve sentir que o que fez, ou o que não fez, ou o pelo que passou , pecados, daí passíveis de expiação).
Chato é a palavra que melhor define esse filme.
Chato mesmo.
Fuja. Be happy:
sábado, fevereiro 05, 2005
Acho que é verdade mesmo: o declínio do império americano.
Cada vez mais fica óbvio o quanto a América está cada vez mais banal e quanto eles estão nivelando por baixo, até suas “obras de arte”.
Semana passada foi o super valorizado Perto Demais, o filme mais chatinho dos últimos tempos.
Hoje foi Sideways, o outro super valorizado filme com uma caralhada de indicações ao Oscar, coisa que não entendi ainda.
Quer dizer, entendi sim.
E a resposta tá ali em cima na primeira frase.
Os caras lá dos EUA estão tão perdidos e tão sem saber o que fazer que quando alguém faz um filmezinho um pouco acima da média (que está cada vez mais baixa) o filme é super estimado e eles indicam pra um monte de coisas e dão um monte de prêmios.
Esse filme tem coisas legais (assim como tinha Perto Demais).
Poucas e boas coisas legais, mas no geral é filmão (no pior sentido do termo).
É a história de dois caras de uns 30/40 anos que saem numa semana de férias antes do casamento de um deles, por uma região vinícola da Califórnia e tentam se divertir.
Bom, quase isso.
Ou era pra ser isso, só que nem é.
O problema número 1 do filme é o uso excessivo da comparação do vinho com o homem, cada tipo de vinho para cada tipo de homem, o quanto o vinho é melhor quando mais velho e bla bla bla.
O uso ridículo da metáfora atrapalha, acaba tirando um pouco da graça geral do filme, no meu ver.
Tem um diálogo patético entre o bom Paul Giamattie a sub valorizada Virginia Madsen sobre isso, o quanto cada um prefere um tipo de vinho e outro e o quanto isso reflete na história de cada personagem.
Ba! Que papo furado!
O elenco do filme é bem bom (outra coincidência com Perto): tem Giamatti que sempre vai bem em tudo o que faz, principalmente no gemial Anti Herói Americano, esse sim uma obra de arte, que deveria ter sido indicado aos oscars da vida. Virginia Madsen, finalmente tem reconhecimento, foi indicado como coadjuvante no Oscar junto com Church (outra coincidência com Perto, casal de coadjuvantes indicados).
Acho que teria sido melhor se o filme fosse focado na história do outro cara, o “palhaço”, Thomas Haden Church, o cara que vai se casar e quer tirar o atraso, aproveitar seus últimos dias de solteiro.
Ele rende boas piadas e a atriz que faz par com ele, a grande Sandra Oh é pra mim uma das grandes atrizes americanas e por ser estranha/feia só faz esses filmes menores ou papéis mínimos em outros filmes.
Eu fico com medo de filmes assim, normal, bem mediano mesmo, com roteiro rasteirinho. Se esse é um dos grandes filmes do ano (ao lado de Perto Demais), tô fudido, vou passar necessidade o resto do ano.
A trilha do filme é outra coisa bem chata, muita música, muita música bem chata, meio jazzinho, eu fiquei o filme todo com a sensação de que iria começar a tocar Bebel Gilberto e ficava com medo (Bebel, aliás, que tem música no…sim, Perto Demais).
É um pouco de coincidência demais pro meu gosto.
Esse diretor de Sideways fez uns filmes legais mas nem é um cara que saiba filmar super bem que tira o fôlego de quem assiste seus filmes.
Voltando ao petardo (hehehe), a grande coisa de Sideways é a comédia: o filme deveria ser mais engraçado e se levar um pouco menos a sério. As partes cômicas são ótimas. Parece que o diretor nnao precisa se esforcar muito pra contar piadas, diferente do resto do filme.
Agora, justiça seja filme, o final do filme é o melhor do ano. Eu tinha certeza que o filme terminaria mal, com todo o óbvio acontecendo, mas não, fiquei super feliz.
A luz no fim do túnel nesse caso foi mesmo: na última cena.
Be happy:
Cada vez mais fica óbvio o quanto a América está cada vez mais banal e quanto eles estão nivelando por baixo, até suas “obras de arte”.
Semana passada foi o super valorizado Perto Demais, o filme mais chatinho dos últimos tempos.
Hoje foi Sideways, o outro super valorizado filme com uma caralhada de indicações ao Oscar, coisa que não entendi ainda.
Quer dizer, entendi sim.
E a resposta tá ali em cima na primeira frase.
Os caras lá dos EUA estão tão perdidos e tão sem saber o que fazer que quando alguém faz um filmezinho um pouco acima da média (que está cada vez mais baixa) o filme é super estimado e eles indicam pra um monte de coisas e dão um monte de prêmios.
Esse filme tem coisas legais (assim como tinha Perto Demais).
Poucas e boas coisas legais, mas no geral é filmão (no pior sentido do termo).
É a história de dois caras de uns 30/40 anos que saem numa semana de férias antes do casamento de um deles, por uma região vinícola da Califórnia e tentam se divertir.
Bom, quase isso.
Ou era pra ser isso, só que nem é.
O problema número 1 do filme é o uso excessivo da comparação do vinho com o homem, cada tipo de vinho para cada tipo de homem, o quanto o vinho é melhor quando mais velho e bla bla bla.
O uso ridículo da metáfora atrapalha, acaba tirando um pouco da graça geral do filme, no meu ver.
Tem um diálogo patético entre o bom Paul Giamattie a sub valorizada Virginia Madsen sobre isso, o quanto cada um prefere um tipo de vinho e outro e o quanto isso reflete na história de cada personagem.
Ba! Que papo furado!
O elenco do filme é bem bom (outra coincidência com Perto): tem Giamatti que sempre vai bem em tudo o que faz, principalmente no gemial Anti Herói Americano, esse sim uma obra de arte, que deveria ter sido indicado aos oscars da vida. Virginia Madsen, finalmente tem reconhecimento, foi indicado como coadjuvante no Oscar junto com Church (outra coincidência com Perto, casal de coadjuvantes indicados).
Acho que teria sido melhor se o filme fosse focado na história do outro cara, o “palhaço”, Thomas Haden Church, o cara que vai se casar e quer tirar o atraso, aproveitar seus últimos dias de solteiro.
Ele rende boas piadas e a atriz que faz par com ele, a grande Sandra Oh é pra mim uma das grandes atrizes americanas e por ser estranha/feia só faz esses filmes menores ou papéis mínimos em outros filmes.
Eu fico com medo de filmes assim, normal, bem mediano mesmo, com roteiro rasteirinho. Se esse é um dos grandes filmes do ano (ao lado de Perto Demais), tô fudido, vou passar necessidade o resto do ano.
A trilha do filme é outra coisa bem chata, muita música, muita música bem chata, meio jazzinho, eu fiquei o filme todo com a sensação de que iria começar a tocar Bebel Gilberto e ficava com medo (Bebel, aliás, que tem música no…sim, Perto Demais).
É um pouco de coincidência demais pro meu gosto.
Esse diretor de Sideways fez uns filmes legais mas nem é um cara que saiba filmar super bem que tira o fôlego de quem assiste seus filmes.
Voltando ao petardo (hehehe), a grande coisa de Sideways é a comédia: o filme deveria ser mais engraçado e se levar um pouco menos a sério. As partes cômicas são ótimas. Parece que o diretor nnao precisa se esforcar muito pra contar piadas, diferente do resto do filme.
Agora, justiça seja filme, o final do filme é o melhor do ano. Eu tinha certeza que o filme terminaria mal, com todo o óbvio acontecendo, mas não, fiquei super feliz.
A luz no fim do túnel nesse caso foi mesmo: na última cena.
Be happy:
sexta-feira, fevereiro 04, 2005
Você acredita em coincidência?
Eu não.
Prefiro pensar em sincronicidade, ou qualquer coisa parecida.
Bom, eu só comi tapioca, na minha vida, nem me lembro quando, mas tinha sido só uma vez.
Até hoje.
Fui na casa de uma amiga ajudá-la com o computador, instalar programas novos. Fomos eu e ela tomar um café na padaria ao lado da casa dela e pra nossa surpresa, na entrada da padaria, tinha uma mesa com fogareiros, panelas, recheios e uma cozinheira fazendo…tapioca!
Bom, comi!
Delicioso!
Agora já são 3 horas da manhã.
Tô de novo num daqueles dias de sono demorando pra chegar e tô com a tv ligada, zapeando e cheguei na globo e começou um filme com a Julie Andrews, engraçado, musical dos anos 60’s.
Começo assistir, e o primeiro número de dança é dentro de um elevador. Hilário!
Daí tem uma festa, com moças esperando serem tiradas para dançar pelos moços. Um deles tira Julie para dançar e diz a ela que quer dar um nome à dança e pergunta o que ela comeu no jantar. O que ela responde? TAPIOCA!!!!!!
Até parei de prestar atenção no filme e vim escrever.
É muita coincidência pro meu gosto!
E mais uma agora: fui procurar o ano do filme no IMDB e descobri que é de 1967, o ano que eu nasci.
Parece que eu tô pirando com teorias da conspiração.
Hehehe.
Vou voltar ao filme. Be happy:
Eu não.
Prefiro pensar em sincronicidade, ou qualquer coisa parecida.
Bom, eu só comi tapioca, na minha vida, nem me lembro quando, mas tinha sido só uma vez.
Até hoje.
Fui na casa de uma amiga ajudá-la com o computador, instalar programas novos. Fomos eu e ela tomar um café na padaria ao lado da casa dela e pra nossa surpresa, na entrada da padaria, tinha uma mesa com fogareiros, panelas, recheios e uma cozinheira fazendo…tapioca!
Bom, comi!
Delicioso!
Agora já são 3 horas da manhã.
Tô de novo num daqueles dias de sono demorando pra chegar e tô com a tv ligada, zapeando e cheguei na globo e começou um filme com a Julie Andrews, engraçado, musical dos anos 60’s.
Começo assistir, e o primeiro número de dança é dentro de um elevador. Hilário!
Daí tem uma festa, com moças esperando serem tiradas para dançar pelos moços. Um deles tira Julie para dançar e diz a ela que quer dar um nome à dança e pergunta o que ela comeu no jantar. O que ela responde? TAPIOCA!!!!!!
Até parei de prestar atenção no filme e vim escrever.
É muita coincidência pro meu gosto!
E mais uma agora: fui procurar o ano do filme no IMDB e descobri que é de 1967, o ano que eu nasci.
Parece que eu tô pirando com teorias da conspiração.
Hehehe.
Vou voltar ao filme. Be happy: