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Histórias fílmicas que valham a pena. Fotos insignificantemente indispensáveis.
domingo, fevereiro 20, 2005
Curto e grosso: Mar Adentro é uma porcaria.
Filmão “roliudiano” porcaria, ainda por cima.
Foi feito na Espanha, com um elenco bacana, por um diretor bacana, a partir de uma história que a princípio seria bem interessante e bacana e o filme é… uma porcaria!
Só que ao que me parece, o diretor, o chileno Alejandro Amenábar, depois de ter caído nas graças de Tom Cruise que comprou os direitos do seu ótimo Abre Los Ojos e o refez na porcaria Vanilla Sky, depois de ter filmado em Hollywood com a Nicole Kidman o genial Os Outros, acho que ele resolveu que teria que fazer um filme americano na Espanha, onde mora.
Daí, com dinheiro, comprou os direitos de uma história interessante, arrumou o melhor elenco que poderia na Espanha hoje em dia, a meu ver e fez essa decepção de filme.
A história é a de Ramon Sanpedro, um tetraplégico que por 28 anos tentou se matar legalmente, com autorização da justiça, porque, sendo tetraplégico não conseguiria fazer nada sozinho.
No filme, Sanpedro é vivido pelo sempre bom Javier Bardem, que nesse filme está ótimo, o que é pouco, ao meu ver. Eu não fiquei empolgado, arrebatado pela sua atuação. O personagem é genial, interessante, inteligente, cativante, mas no filme Bardem é só um cara bacana, que escreve bem, que com seu carisma faz com que sua família mude toda a sua rotina pra tomar conta dele.
Eu destaco aqui como a melhor passagem de Bardem o fim do filme quando ele lê em off seu poema Mar Adentro, lindo de cortar o coração.
Mais uma vez, nesse filme como no também chileno Machuca (a porcaria, que fique-se claro) o personagem que diz as “verdades verdadeiras” é o uqe menos aparece no filme, o irmão mais velho de Ramon, que ao não querer que ele se mate, diz que toda a sua família, ele, sua mulher, seu filho e su pai, todos vivem em funçnao do irmão doente, e que nunca cobraram nada em troca, mas que naquele momento pedia, exigia que o irmão não se matasse, apesar de tudo. Essa súplica amorosa é o contraponto de todo o filme que é sobre o poder de escolha, a liberdade de ir e vir e fazer o que se quer, se quer viver ou morrer, porque Ramon acha que ele vivo do jeito que vive é um peso pra todo mundo que o rodeia e pra ele mesmo. O não se aceitar pesa mais do que qualquer coisa pra ele. Ele conta com a juda de uma ONG (?) que se chama morte digna ou qualquer coisa parecida, onde eles tentam achar meios legais para ajudar pessoas como Ramon que tentam se matar com autorização.
O que me irritou no filme nem é a história toda do mata não mata, as discussões do que é legal ou não, quando sabíamos desde o início que ele morreria no final.
O que me irrita é a pretensão do diretor que erra a mão feio.
Ele tenta se mostrar demais, fazer planos malucões, colocar a câmera em lugares malucões e só faz errado.
Erra na mosca.
E outra coisa irritante no filme é a trilha sonora, que também quer aparecer demais, muita música em lugar errado e mal mixada, muito alta.
E, coincidentemente, a música é feita pelo próprio Amenábar (como no filme do Clint!).
Deixa a trilha pra gente boa, meus caros, nos dois casos acabou-se atrapalhando, a meu ver.
Quanto ao resto do elenco do filme, é um colírio, principalemnte o elenco feminino: são atrizes maravilhosas, em papéis absolutamente distintos, nenhuma mulher é parecida em nada com outra, elas são praticamente estereótipos vividos por grande atrizes (e acho que aí está outro dos problemas do filme, tudo é muito estereotipado demais).
E pra finalizar, ainda acho que esse filme está na categoria dos filmes que não precisam ser vistos.
Esperemos pelo próximo Amenábar, o diretor do ótimo Tesis e dos outros dois já citados aqui.
Parece que ele foi até Los Angeles e já volta.
Mas eu espero. Be happy:
Filmão “roliudiano” porcaria, ainda por cima.
Foi feito na Espanha, com um elenco bacana, por um diretor bacana, a partir de uma história que a princípio seria bem interessante e bacana e o filme é… uma porcaria!
Só que ao que me parece, o diretor, o chileno Alejandro Amenábar, depois de ter caído nas graças de Tom Cruise que comprou os direitos do seu ótimo Abre Los Ojos e o refez na porcaria Vanilla Sky, depois de ter filmado em Hollywood com a Nicole Kidman o genial Os Outros, acho que ele resolveu que teria que fazer um filme americano na Espanha, onde mora.
Daí, com dinheiro, comprou os direitos de uma história interessante, arrumou o melhor elenco que poderia na Espanha hoje em dia, a meu ver e fez essa decepção de filme.
A história é a de Ramon Sanpedro, um tetraplégico que por 28 anos tentou se matar legalmente, com autorização da justiça, porque, sendo tetraplégico não conseguiria fazer nada sozinho.
No filme, Sanpedro é vivido pelo sempre bom Javier Bardem, que nesse filme está ótimo, o que é pouco, ao meu ver. Eu não fiquei empolgado, arrebatado pela sua atuação. O personagem é genial, interessante, inteligente, cativante, mas no filme Bardem é só um cara bacana, que escreve bem, que com seu carisma faz com que sua família mude toda a sua rotina pra tomar conta dele.
Eu destaco aqui como a melhor passagem de Bardem o fim do filme quando ele lê em off seu poema Mar Adentro, lindo de cortar o coração.
Mais uma vez, nesse filme como no também chileno Machuca (a porcaria, que fique-se claro) o personagem que diz as “verdades verdadeiras” é o uqe menos aparece no filme, o irmão mais velho de Ramon, que ao não querer que ele se mate, diz que toda a sua família, ele, sua mulher, seu filho e su pai, todos vivem em funçnao do irmão doente, e que nunca cobraram nada em troca, mas que naquele momento pedia, exigia que o irmão não se matasse, apesar de tudo. Essa súplica amorosa é o contraponto de todo o filme que é sobre o poder de escolha, a liberdade de ir e vir e fazer o que se quer, se quer viver ou morrer, porque Ramon acha que ele vivo do jeito que vive é um peso pra todo mundo que o rodeia e pra ele mesmo. O não se aceitar pesa mais do que qualquer coisa pra ele. Ele conta com a juda de uma ONG (?) que se chama morte digna ou qualquer coisa parecida, onde eles tentam achar meios legais para ajudar pessoas como Ramon que tentam se matar com autorização.
O que me irritou no filme nem é a história toda do mata não mata, as discussões do que é legal ou não, quando sabíamos desde o início que ele morreria no final.
O que me irrita é a pretensão do diretor que erra a mão feio.
Ele tenta se mostrar demais, fazer planos malucões, colocar a câmera em lugares malucões e só faz errado.
Erra na mosca.
E outra coisa irritante no filme é a trilha sonora, que também quer aparecer demais, muita música em lugar errado e mal mixada, muito alta.
E, coincidentemente, a música é feita pelo próprio Amenábar (como no filme do Clint!).
Deixa a trilha pra gente boa, meus caros, nos dois casos acabou-se atrapalhando, a meu ver.
Quanto ao resto do elenco do filme, é um colírio, principalemnte o elenco feminino: são atrizes maravilhosas, em papéis absolutamente distintos, nenhuma mulher é parecida em nada com outra, elas são praticamente estereótipos vividos por grande atrizes (e acho que aí está outro dos problemas do filme, tudo é muito estereotipado demais).
E pra finalizar, ainda acho que esse filme está na categoria dos filmes que não precisam ser vistos.
Esperemos pelo próximo Amenábar, o diretor do ótimo Tesis e dos outros dois já citados aqui.
Parece que ele foi até Los Angeles e já volta.
Mas eu espero. Be happy:
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