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Histórias fílmicas que valham a pena. Fotos insignificantemente indispensáveis.

sábado, fevereiro 05, 2005

Acho que é verdade mesmo: o declínio do império americano.
Cada vez mais fica óbvio o quanto a América está cada vez mais banal e quanto eles estão nivelando por baixo, até suas “obras de arte”.
Semana passada foi o super valorizado Perto Demais, o filme mais chatinho dos últimos tempos.
Hoje foi Sideways, o outro super valorizado filme com uma caralhada de indicações ao Oscar, coisa que não entendi ainda.
Quer dizer, entendi sim.
E a resposta tá ali em cima na primeira frase.
Os caras lá dos EUA estão tão perdidos e tão sem saber o que fazer que quando alguém faz um filmezinho um pouco acima da média (que está cada vez mais baixa) o filme é super estimado e eles indicam pra um monte de coisas e dão um monte de prêmios.
Esse filme tem coisas legais (assim como tinha Perto Demais).
Poucas e boas coisas legais, mas no geral é filmão (no pior sentido do termo).
É a história de dois caras de uns 30/40 anos que saem numa semana de férias antes do casamento de um deles, por uma região vinícola da Califórnia e tentam se divertir.
Bom, quase isso.
Ou era pra ser isso, só que nem é.
O problema número 1 do filme é o uso excessivo da comparação do vinho com o homem, cada tipo de vinho para cada tipo de homem, o quanto o vinho é melhor quando mais velho e bla bla bla.
O uso ridículo da metáfora atrapalha, acaba tirando um pouco da graça geral do filme, no meu ver.
Tem um diálogo patético entre o bom Paul Giamattie a sub valorizada Virginia Madsen sobre isso, o quanto cada um prefere um tipo de vinho e outro e o quanto isso reflete na história de cada personagem.
Ba! Que papo furado!
O elenco do filme é bem bom (outra coincidência com Perto): tem Giamatti que sempre vai bem em tudo o que faz, principalmente no gemial Anti Herói Americano, esse sim uma obra de arte, que deveria ter sido indicado aos oscars da vida. Virginia Madsen, finalmente tem reconhecimento, foi indicado como coadjuvante no Oscar junto com Church (outra coincidência com Perto, casal de coadjuvantes indicados).
Acho que teria sido melhor se o filme fosse focado na história do outro cara, o “palhaço”, Thomas Haden Church, o cara que vai se casar e quer tirar o atraso, aproveitar seus últimos dias de solteiro.
Ele rende boas piadas e a atriz que faz par com ele, a grande Sandra Oh é pra mim uma das grandes atrizes americanas e por ser estranha/feia só faz esses filmes menores ou papéis mínimos em outros filmes.
Eu fico com medo de filmes assim, normal, bem mediano mesmo, com roteiro rasteirinho. Se esse é um dos grandes filmes do ano (ao lado de Perto Demais), tô fudido, vou passar necessidade o resto do ano.
A trilha do filme é outra coisa bem chata, muita música, muita música bem chata, meio jazzinho, eu fiquei o filme todo com a sensação de que iria começar a tocar Bebel Gilberto e ficava com medo (Bebel, aliás, que tem música no…sim, Perto Demais).
É um pouco de coincidência demais pro meu gosto.
Esse diretor de Sideways fez uns filmes legais mas nem é um cara que saiba filmar super bem que tira o fôlego de quem assiste seus filmes.
Voltando ao petardo (hehehe), a grande coisa de Sideways é a comédia: o filme deveria ser mais engraçado e se levar um pouco menos a sério. As partes cômicas são ótimas. Parece que o diretor nnao precisa se esforcar muito pra contar piadas, diferente do resto do filme.
Agora, justiça seja filme, o final do filme é o melhor do ano. Eu tinha certeza que o filme terminaria mal, com todo o óbvio acontecendo, mas não, fiquei super feliz.
A luz no fim do túnel nesse caso foi mesmo: na última cena.
Be happy:
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