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Histórias fílmicas que valham a pena. Fotos insignificantemente indispensáveis.
segunda-feira, janeiro 08, 2007
DIAMANTE DE SANGUE e EM DIREÇÃO AO SUL
Dois filmes absolutamente díspares, mas que a meu ver têm duas coisa em comum, o olhar gringo/aproveitador sobre países miseráveis e, o mais engraçado, os dois filmes me remeteram a filmes brasileiros: Diamante de Sangue é uma versão revista e piorada de O Jardineiro Fiel (tá bom, não é filme brasileiro, mas é filme do Fernando Meireles) e Em Direção Ao Sul é uma versão ruim de qualquer filme brasileiro dos anos 80.
Diamante de Sangue é bacana, por incrível que pareça. Um filme bem violento sobre um problema bem violento, contrabando de diamantes em países africanos etodo o terror que isso acaba causando, daí os diamantes serem conseguidos banhados em sangue. O grande problema do filme é ser careta, moralista; inicia contando a história nuns letreiros toscos e termina dando lição de moral com esses mesmos letreiros, dizendo que cabe a cada um de nós não comprarmos os tais diamantes! Inacreditavelmente ruim! Mas o filme em si é bom, bem filmado até, se você não pensar que o Meireles fez o mesmo filme muito melhor um tempinho atrás. Mas como no filme do Fernando, o elenco desse filme é impecável, principlamente por causa do Leonardo Di Caprio: vi 2 filmes com ele nos últimos 4 dias, 2 filmes completamente diferentes, e o cara tá muito bem em ambos os filmes, se ele não levar oscar esse ano vai ser marmelada. Ele é um contrabandista de diamantes, um africano branco trabalhando onde tem trabalho na África, até que fica sabendo de um diamante cor de rosa valiosíssimo. Pensando que ali estaria sua redenção, que ganharia dinheiro suficiente pra parar com essa vida (tsc tsc tsc), vai atrás da pedra, custe o que custar. Assim se envolve com uma jornalista americana que o ajuda a achar a família do africano que tem o tal diamante, assim fazendo boas ações mas sempre com um objetivo escuso. Os meios e os fins e bla bla bla.
O filme é uma tentativa de lição de moral atrás de outra que de vez em quando a gente até esquece pelo roteiro bonzinho, mas que logo deixam bem claro que se você está ali vendo o filme você também deve ter as mãos sujas de sangue. Irrita bem, na verdade. Mas o bom do filme é que é corajoso, mostra coisas que em princípio não se mostrariam, como os moleques que são levados a lavagem cerebral quase por homens das milícias contra o governo, cenas ousadas pra um filme desse nível.
E ousadia é um pouco o que falta num filme como Em Direção Ao Sul, filme francês que se passa no Haiti, contando a histórias de mulheres nos seus 50 anos de idade que vão a esse "paraíso tropical" atrás dos homens negros que as façam mulheres de novo. Enquanto o filme fica nisso, dentro do hotel que elas se hospedam, com os homens as satisfazendo na cama mas que não podem se sentar no restaurante com elas, nessas sequências o filme é bom. Mas quando o filme sai do hotel e entra na vida do país e tenta mostrar os problemas, a pobreza, o país podre, o filme descamba pra um folhetim quase. Não se aprofunda o suficiente pra mostrar o que acontece mesmo e nem se abstém o suficiente pra dar uma visão estrangeirae imprecisa do que acontece. Fica num meio termo capenga que compromete muito o filme.
O elenco de mulheres "velhas" é muito bom, encabeçado pela fodona Charlotte Rampling, possessiva e cuidadosa e linda que vai todo ano ao paraíso pra "se sentir viva de novo". Se o filme ficasse centrado no hotel e no que acontece só com as mulheres, talvez teria sido um grande filme, com referências aos problemas ao redor. São lições de cinema que alguns diretores precisam e uma delas é como contar uma história sem mostrar o que não precisa ser mostrado ou o que não se deve ser mostrado, como num grande filme do David Mamet, O Caso Winslow, onde um caso de um julgamento absurdo é contado sem mostrar o tal julgamento; escolhas acertadas e no fim ousadas que fazem a diferença. Lições. Por isso que o que vale é assistir filmes e mais filmes mesmo.
Be happy:
sábado, janeiro 06, 2007
007 - CASSINO ROYALE
007 - Cassino Royale é o filme que finalmente coloca o agente secreto inglês nos anos 2000.
A cada filme ficava a nostalgia rançosa de Sean Connery como sendo insuperável. E agora vemos que ele não era insuperável por ser melhro ator ou ter mais carisma que os outros Bonds. Mas o problema desses 40 anos de franquia eram os roteiros que eram sempre iguais, sempre mostrando o quanto o cara era fodão com armas, mulheres, carros, gadgets.
Um roteiro mais pé no chão (na medida do possível de um roteiro do James Bond ser pé no chão) mostra que não importa muito o ator, na verdade, importa o personagem. Pode ser loiro, pode ser feio, pode ser fortão como o Daniel Craig e o filme vai bem. Eva Green é a melhor bond girl dos últimos tempos. E nesse filme todo mundo tem menos jeito de super herói, esse é o segredo.
Bond quase morre, claro que é ressucitado no seu carro, mas quase morre. Bond diz "eu te amo" o que dá uma dica pro final do filme. Bond perde dinheiro. Bond é traído. Bond bate. Bond apanha.
Todos os clichês dos outros filmes estão aqui também, só que de formas diferentes. E isso dá ao filme uma aura ótima. O vilão não é o mais vilão de todos. A chefe do Bond é vista dormindo ao lado do marido. E por aí vai.
A abertura do filmé é como sempre muito boa. A trilha também, tudo bacana e o filme é uma diversnao de primeira, com um roteiro meio na modinha de mirabolâncias, mas sem estregar o nosso prazer de "dizer de novo? mais uma virada?".
Vale a pena se por nada, por ver como alguém com uma boa vontade e com culhão pra mudar uma coisa que vinha se repetindo a tanto tempo.
Be happy:
sexta-feira, janeiro 05, 2007
OS INFILTRADOS
Não sei nem por onde começar a falar de "Os Infiltrados", o mais recente filme do Scorcese. Tudo no filme é muito bom. Ele se cerca mais uma vez de todos os seus colaboradores, do fotógrafo e gênio Michael Balhaus a seu mais recente colaborador e pupilo com certeza e quase alter ego, Leonardo DiCaprio. E o cara rouba o filme. Num filme cheio de feras como esse, não é tarefa das mais fáceis. O filme começa e você vai vendo o elenco todo e fica só suspirando, porque só tem atorzão, e só atorzão bem dirigido, o que é melhor ainda. Ninguém deixa a desejar em momento nenhum do filme. Ninguém e nada do filme deixa a desejar.
Bom, a história é mais uma sobre máfia, dessa vez de Boston, com policiais corruptos, bandidos infiltrados, policiais infiltrados e tudo mais. Mas o filme na verdade é sobre confiança e respeito. E sobre mentira. E sobre como saber mentir muitas vezes é melhor do que mostrar confiança ou tê-la.
Jack Nicholson é o chefão da máfia irlandesa de Boston e educa um moleque pra ser policial e ser seu "rat" dentro da polícia dizendo tudo o que acontece pra ele. Esse moleque é Matt Damon que faz um policial mauricinho e bem perdidinho, muito bom. Só que ao mesmo tempo, a polícia pega outro moleque recém formado na academia e o joga no bando dos mafiosos pra ser o informante do outro lado. Assim o filme acaba sendo um jogo de cada lado saber que é o infiltrado, quem passa todas as informações pra outro lado. E assim mostra o quanto o caráter e a confiança e o respeito contam muito em todos os meios, mesmo com os bandidos e a polícia.
O filme inicia mostrando o quanto Nicholson manda na sua redondeza, o quanto é poderoso e o quanto faz o que quer. E no início não vemos seu rosto, mas sabemos que é ele, óbvio. Enquanto isso Scorcese vai nos mostrando como funciona o lado do bandido, como ele manda bater, como ele pega dinheiro, como ele paquera a filha adolescente do cara do mercadinho e como ele casa com ela alguns anos depois. E, principalmente, como ele escolhe o moleque que vai ser seu olheiro dentro da polícia. E só num momento crucial de divagação filosófica que Scorcese coloca luz no rosto de Nicholson, com a câmera de baixo, pra mostrar o quanto o cara nos intimida, o quanto o cara é maior que nós humanos.
Scorcese não deixa nada de fora de seu universo particular e tão familiar, os planos longos, os super closes, as cantinas italianas, o uso da lente bifocal com foco em primeiríssimo plano e lá no fundo em momentos cruciais, as mulheres como meras coadjuvantes que não ajudam nada o filme todo mas com passagens importantes nos momentos chaves do filme. E nesse caso, nesse filme em especial, uma personagem feminina importante, a psiquiatra, namorada de Damon e amante de Di Caprio, os dois pólos da história. A psiquiatra bobinha, romaticazinha, que acredita no trabalho social e que se deixa levar tão facilmente pelo inteligente bandido/mocinho Leonardo.
Lá pelo meio do filme, a história começa encaminhar por um lado meio que estranho pros padrões do nosso Martin, essa coisa de roteiros mirabolantes cheios de reviravoltas, tão em moda hoje em dia. Eu fiquei assustado que ele tivesse se enveredado por essa plaga, mas fiquei feliz demais com o final do filme, chocante e bem Scorcese, nem sei como pude duvidar que seria diferente.
O bom de um filme desses é perceber a força de um diretor fodão, que tem poder sobre o que faz, que faz do jeito que quer, que sabe o que quer e que por mais que tenha alguém atrás enchendo o saco como um produtor e tal, faz e faz direito. Cenas antológicas nesse filme são algumas que se unem ao rol de cenas absurdas de Martin e sua cinegrafia maravilhosa: sempre com Nicholson, primeiro com 2 mulheres em seu quarto, enchendo a mão de cocaína e jogando em cima de sua mulher, que está deitada na cama e mandando a outra cheirar e só parar quando ela estiver totalmente entorpecida. Parece filme de terror de tão tenso! Outra é quando Nicholson vai se encontrar com Damon num cinema disfarçado e tal e se vira, abre seu over coat e mostra um pau imenso preto, como se fosse um tarado. Assustador de novo. Outra cena bem animal é quando Nicholson vai falar com Di Caprio num restaurante, vem de uma sala do fundo com as mãos e a roupa cheias de sangue e pede um rodo, balde e muito pano. O personagem de Nicholson no final das contas parece mesmo um monstro de filme de terror, mas um monstro diferente do que constumamos ver em Nicholson antes. Ele finalmente nesse filme, quebra com seu estereótipo dos últimos anos do cara sarcástico, de óculos escuros, de roupa impecável e sorriso no canto da boca, desdizendo mais que dizendo. Desta ves, ele fala tudo. Ele pode tudo. Seu cabelo é desarrumado, seus óculos são feios, sua roupa é estranaha, ele usa jaqueta inglesa com gravata de onça, seus modos são refinados a ponto de desenhar muito bem, ao mesmo tempo que detona tudo com a maior rapidez e sem pensar muito. Ele é o malvado e o bonzinho, o cara que a gente odeio mas se sente atraído ao mesmo tempo, um cara fascinante mesmo, talvez um dos melhores personagens do cinema recente. E o mais bacana de tudo é que Nicholson é um cara generoso, não rouba a cena dos outros atores, a gente percebe que ele faz com que Di Caprio se sinta mais à vontade com ele pra fazer o que sabe fazer muito bem. Já Damon tenta, a gente percebe, mas não vai tão longe assim, apesar de tudo.
Imagino um pouco que essas histórias de máfia que Scorcese tanto gosta de contar sejam histórias da sua "máfia pessoal", do mundo que ele cria a sua volta, de seus colaboradores, de seus atores, de sua equipe, e ele como o grande chefão disso tudo, às vezes se sujando de sangue, às vezes mostrando um pau grande pra mostrar quem manda. E no final sempre mostra que o cara é gênio, faz o que quer com o quê o cinema lhe proporciona e nos brinda sempre com um grande filme depois de outro.
Be happy:
Não sei nem por onde começar a falar de "Os Infiltrados", o mais recente filme do Scorcese. Tudo no filme é muito bom. Ele se cerca mais uma vez de todos os seus colaboradores, do fotógrafo e gênio Michael Balhaus a seu mais recente colaborador e pupilo com certeza e quase alter ego, Leonardo DiCaprio. E o cara rouba o filme. Num filme cheio de feras como esse, não é tarefa das mais fáceis. O filme começa e você vai vendo o elenco todo e fica só suspirando, porque só tem atorzão, e só atorzão bem dirigido, o que é melhor ainda. Ninguém deixa a desejar em momento nenhum do filme. Ninguém e nada do filme deixa a desejar.
Bom, a história é mais uma sobre máfia, dessa vez de Boston, com policiais corruptos, bandidos infiltrados, policiais infiltrados e tudo mais. Mas o filme na verdade é sobre confiança e respeito. E sobre mentira. E sobre como saber mentir muitas vezes é melhor do que mostrar confiança ou tê-la.
Jack Nicholson é o chefão da máfia irlandesa de Boston e educa um moleque pra ser policial e ser seu "rat" dentro da polícia dizendo tudo o que acontece pra ele. Esse moleque é Matt Damon que faz um policial mauricinho e bem perdidinho, muito bom. Só que ao mesmo tempo, a polícia pega outro moleque recém formado na academia e o joga no bando dos mafiosos pra ser o informante do outro lado. Assim o filme acaba sendo um jogo de cada lado saber que é o infiltrado, quem passa todas as informações pra outro lado. E assim mostra o quanto o caráter e a confiança e o respeito contam muito em todos os meios, mesmo com os bandidos e a polícia.
O filme inicia mostrando o quanto Nicholson manda na sua redondeza, o quanto é poderoso e o quanto faz o que quer. E no início não vemos seu rosto, mas sabemos que é ele, óbvio. Enquanto isso Scorcese vai nos mostrando como funciona o lado do bandido, como ele manda bater, como ele pega dinheiro, como ele paquera a filha adolescente do cara do mercadinho e como ele casa com ela alguns anos depois. E, principalmente, como ele escolhe o moleque que vai ser seu olheiro dentro da polícia. E só num momento crucial de divagação filosófica que Scorcese coloca luz no rosto de Nicholson, com a câmera de baixo, pra mostrar o quanto o cara nos intimida, o quanto o cara é maior que nós humanos.
Scorcese não deixa nada de fora de seu universo particular e tão familiar, os planos longos, os super closes, as cantinas italianas, o uso da lente bifocal com foco em primeiríssimo plano e lá no fundo em momentos cruciais, as mulheres como meras coadjuvantes que não ajudam nada o filme todo mas com passagens importantes nos momentos chaves do filme. E nesse caso, nesse filme em especial, uma personagem feminina importante, a psiquiatra, namorada de Damon e amante de Di Caprio, os dois pólos da história. A psiquiatra bobinha, romaticazinha, que acredita no trabalho social e que se deixa levar tão facilmente pelo inteligente bandido/mocinho Leonardo.
Lá pelo meio do filme, a história começa encaminhar por um lado meio que estranho pros padrões do nosso Martin, essa coisa de roteiros mirabolantes cheios de reviravoltas, tão em moda hoje em dia. Eu fiquei assustado que ele tivesse se enveredado por essa plaga, mas fiquei feliz demais com o final do filme, chocante e bem Scorcese, nem sei como pude duvidar que seria diferente.
O bom de um filme desses é perceber a força de um diretor fodão, que tem poder sobre o que faz, que faz do jeito que quer, que sabe o que quer e que por mais que tenha alguém atrás enchendo o saco como um produtor e tal, faz e faz direito. Cenas antológicas nesse filme são algumas que se unem ao rol de cenas absurdas de Martin e sua cinegrafia maravilhosa: sempre com Nicholson, primeiro com 2 mulheres em seu quarto, enchendo a mão de cocaína e jogando em cima de sua mulher, que está deitada na cama e mandando a outra cheirar e só parar quando ela estiver totalmente entorpecida. Parece filme de terror de tão tenso! Outra é quando Nicholson vai se encontrar com Damon num cinema disfarçado e tal e se vira, abre seu over coat e mostra um pau imenso preto, como se fosse um tarado. Assustador de novo. Outra cena bem animal é quando Nicholson vai falar com Di Caprio num restaurante, vem de uma sala do fundo com as mãos e a roupa cheias de sangue e pede um rodo, balde e muito pano. O personagem de Nicholson no final das contas parece mesmo um monstro de filme de terror, mas um monstro diferente do que constumamos ver em Nicholson antes. Ele finalmente nesse filme, quebra com seu estereótipo dos últimos anos do cara sarcástico, de óculos escuros, de roupa impecável e sorriso no canto da boca, desdizendo mais que dizendo. Desta ves, ele fala tudo. Ele pode tudo. Seu cabelo é desarrumado, seus óculos são feios, sua roupa é estranaha, ele usa jaqueta inglesa com gravata de onça, seus modos são refinados a ponto de desenhar muito bem, ao mesmo tempo que detona tudo com a maior rapidez e sem pensar muito. Ele é o malvado e o bonzinho, o cara que a gente odeio mas se sente atraído ao mesmo tempo, um cara fascinante mesmo, talvez um dos melhores personagens do cinema recente. E o mais bacana de tudo é que Nicholson é um cara generoso, não rouba a cena dos outros atores, a gente percebe que ele faz com que Di Caprio se sinta mais à vontade com ele pra fazer o que sabe fazer muito bem. Já Damon tenta, a gente percebe, mas não vai tão longe assim, apesar de tudo.
Imagino um pouco que essas histórias de máfia que Scorcese tanto gosta de contar sejam histórias da sua "máfia pessoal", do mundo que ele cria a sua volta, de seus colaboradores, de seus atores, de sua equipe, e ele como o grande chefão disso tudo, às vezes se sujando de sangue, às vezes mostrando um pau grande pra mostrar quem manda. E no final sempre mostra que o cara é gênio, faz o que quer com o quê o cinema lhe proporciona e nos brinda sempre com um grande filme depois de outro.
Be happy:
quarta-feira, janeiro 03, 2007
O VIRGEM DE 40 ANOS
Steve Carell é um cara engraçado, bem engraçado. Vi outro dia ele no Saturday Night Live e ele disse q uns anos antes ele fez teste pro programa e não conseguiu entrar no cast. Agora ele voltava vencedor e milionário, por causa de seu filme "O Virgem de 40 Anos". O filme é escrito, produzido e estrelado por ele. É vendido como uma comédia mas no fundo é uma comédia romântica. Escrachada é verdade, mas uma comédia romântica com certeza. Ele faz um cara de 40 anos, virgem. Estoquista de uma loja de eletrônicos, seus amigos descobrem e fazem tudo pra ele faze sexo. E daí vem as piadas, seja nas tentativas sempre frustradas, seja nas saídas pra pegar mulher, seja nas aulas de como se comportar com as mulheres. O filme é cheio de piadas prontas, com os personagens bem estereotipados, mas com bons atores o que já é uma grande coisa. O filme é bem meia boca, mas tem uma sequência que quase me faz cair no chão de dar risada, literalemente. É a hora que os amigos levam Carrel pra fazer depilação no peito e na barriga, porque um deles diz que mulher gosta de caras lisos. A sequência é até meio óbvia, ele se deita na maca, seus amigos em volta e uma depiladora oriental toda fofa em princípio, passa cera no peito dele e puxa. Daí começam as reações hilárias dele, sempre xingando muito, quase batendo nela. Quanto mais ela puxa, mais ele pira. E ela também pira. E os amigos não se aguentam. É muito engraçado mesmo.
Se o filme não vale por muito, vale por essa sequência!
Be happy:
domingo, dezembro 31, 2006
O LIBERTINO
Johnny Depp é bacana. Todo mundo sabe disso, todo mundo diz isso, e começar um texto dizendo isso, apesar da redundância, mostra que mais uma vez o cara bacana, o ator bacana escolheu mais um filme bacana pra fazer, como esperado. Na verdade eu tô com vontade de ver o Depp numa comédia romântica com a Cameron Diaz, bem lixo, pra variar.
Não, melhor não.
Seu filme "O Libertino", conta a história de um cara meio Marques de Sade na Inglaterra vitoriana, só que sem o talento literário do francês, apenas com o mesmo talento libertino.
Casado, nobre, amigo do rei, beberrão, artista, escritor, diretor de teatro, fornicador, bissexual, provocador, o cara fazia de tudo. E por seus excessos ele se perdeu. Sem sutilezas e sem poupar o personagem de muita coisa.
O filme não é tão "pesado" quanto se esperaria de uma história dessas, é mais ousado esteticamente, o que já é uma grande coisa: a câmera tá sempre "viva", se movendo, nunca parada, mesmo num tripé; o diretor brinca muito com mudanças de foco de formas bem boas e com ótimo apelo dramático pras cenas; velas são usadas muitas vezes na iluminação imprimindo um grão interessante à fotografia.
O filme é baseado numa peça, adaptada pelo próprio autor para a telona e muito do que se veria no palco, se passa em palcos, seja num teatro num ensaio de uma peça, seja no parlamento quando Depp zumbi discursa a favor do rei Malkovich com um narigão genial.
O sexo no filme é quase banalizado. O sexy Depp com seu namorado, sua esposa e suas amantes, a atriz e a puta, exala tesão em seus gestos e em seus olhares. O cara é bom e pronto.
Samantha Morton como a atriz/amante dá outro show, mais um, como toda vez que aparece em qualquer filme.
Em princípio eu fiquei reticente, porque o filme começa com uma sequência bem estranha, meio que já mostra que o diretor quer se exibir um pouco, mas ele se recupera logo em seguida e mostra que além de saber o que fazer com bons atores, sabe o que fazer com uma produçnao caprichada e sabe muito bem o que fazer com uma história boa.
Be happy:
Johnny Depp é bacana. Todo mundo sabe disso, todo mundo diz isso, e começar um texto dizendo isso, apesar da redundância, mostra que mais uma vez o cara bacana, o ator bacana escolheu mais um filme bacana pra fazer, como esperado. Na verdade eu tô com vontade de ver o Depp numa comédia romântica com a Cameron Diaz, bem lixo, pra variar.
Não, melhor não.
Seu filme "O Libertino", conta a história de um cara meio Marques de Sade na Inglaterra vitoriana, só que sem o talento literário do francês, apenas com o mesmo talento libertino.
Casado, nobre, amigo do rei, beberrão, artista, escritor, diretor de teatro, fornicador, bissexual, provocador, o cara fazia de tudo. E por seus excessos ele se perdeu. Sem sutilezas e sem poupar o personagem de muita coisa.
O filme não é tão "pesado" quanto se esperaria de uma história dessas, é mais ousado esteticamente, o que já é uma grande coisa: a câmera tá sempre "viva", se movendo, nunca parada, mesmo num tripé; o diretor brinca muito com mudanças de foco de formas bem boas e com ótimo apelo dramático pras cenas; velas são usadas muitas vezes na iluminação imprimindo um grão interessante à fotografia.
O filme é baseado numa peça, adaptada pelo próprio autor para a telona e muito do que se veria no palco, se passa em palcos, seja num teatro num ensaio de uma peça, seja no parlamento quando Depp zumbi discursa a favor do rei Malkovich com um narigão genial.
O sexo no filme é quase banalizado. O sexy Depp com seu namorado, sua esposa e suas amantes, a atriz e a puta, exala tesão em seus gestos e em seus olhares. O cara é bom e pronto.
Samantha Morton como a atriz/amante dá outro show, mais um, como toda vez que aparece em qualquer filme.
Em princípio eu fiquei reticente, porque o filme começa com uma sequência bem estranha, meio que já mostra que o diretor quer se exibir um pouco, mas ele se recupera logo em seguida e mostra que além de saber o que fazer com bons atores, sabe o que fazer com uma produçnao caprichada e sabe muito bem o que fazer com uma história boa.
Be happy:
sexta-feira, dezembro 29, 2006
O Amor Não Tira Férias
Aquela piada de "filme água com açúcar se você for diabético não vá ver" encaixa-se perfeitamente nessa bomba. Triste de ver um filme que é dirigido por uma roteirista meio até que conceituada e que tenha um roteiro tão porcaria e previsível e com diálogos tão... péssimos! Impressionante! E ela ainda coloca um personagem de um roteirista veterano de hollywood, acho que meio que pra fazer uma homenagem a alguém e de repente o cara some do filme, pfff!
Bom, a história tosca de duas mulheres desiludidas da vida e perdidas por causa de relacionamentos que não deram certo (!!!) começa mal e termina do jeito que a gente já sabe que vai terminar depois de ver os primeiros 10 minutos desse " O Amor Não Tira Férias". O filme tem dinheiro, tem uma direção de arte razoável, mas se perde em tudo. Cameron Diaz não tem jeito, é uma atriz muito ruim mesmo. Faz o papel de uma editora de trailers bem sucedida na carreira e sem sucesso no amor. Ela nnao faz sexo com o marido e reclama porque ele comeu a secretária mais nova que ela. Coisa patética. Bate na cara do cara e se joga numa viagem roubada de troca de casas com uma inglesa, a até que boazinha Kate Winslet, que era amante de um cara e que descobre que ele vai se casar com a namorada e fica mal qorque ele não contou pra ela. Pff 2!
A americana vai pra casa da inglesa que vai pra casa da americana e elas conhecem as pessoas que meio participam uma da vida da outra e daí o filme vai descambando. Enquanto Cameron se apaixona pelo irmão lindo da inglesa, o fodão e super bronzeado Jude Law e beija e trepa e bebe e tenta fazer piadas com ele, Kate fica amiga do vizinho octagenário roteirista e com ele tem jantares divertidos e dhttp://www.blogger.com/img/gl.link.gife muitos papos. A diferença do joie de vivre americano e do high brow inglês. Pfff 3!
Pra piorar entra em cena Jack Black numa situação constrangedora de não=par romântico de Kate fazendo piadas ruins numa atuação que beira a cópia mal feita de um Jim Carrey. (Quem coloca Jack Black numa comédia romântica, pelamordedeus?!!?!?!?!?!?)
E pra piorar: ele faz o papel de compositor de trilhas de filmes e a trilha do filme é o pior do filme. Mesmo. Parece piada. Só faltou ter um personagem diretor de cinema pra confirmar o quanto a tal diretora é ruim.
Diaz se dá pior, no frigir dos ovos, por ter mais espaço no filme, obviamente, mais cenas, contracena com mais gente e se sai pior mais vezes. Tem até um duelo de expressões com um cachorro que é muitas vezes melhor que ela só latindo.
O ponto bonitinho é o da família de Law, suas duas filhas fofas que têm uma sequência boa e bem dirigida numa cabana com o pai e a namorada americana.
Fora isso, o filme é hirritante ao extremo, sem charme, sem humor, sem ritmo, sem nada. Vergonha!
Be happy:
Aquela piada de "filme água com açúcar se você for diabético não vá ver" encaixa-se perfeitamente nessa bomba. Triste de ver um filme que é dirigido por uma roteirista meio até que conceituada e que tenha um roteiro tão porcaria e previsível e com diálogos tão... péssimos! Impressionante! E ela ainda coloca um personagem de um roteirista veterano de hollywood, acho que meio que pra fazer uma homenagem a alguém e de repente o cara some do filme, pfff!
Bom, a história tosca de duas mulheres desiludidas da vida e perdidas por causa de relacionamentos que não deram certo (!!!) começa mal e termina do jeito que a gente já sabe que vai terminar depois de ver os primeiros 10 minutos desse " O Amor Não Tira Férias". O filme tem dinheiro, tem uma direção de arte razoável, mas se perde em tudo. Cameron Diaz não tem jeito, é uma atriz muito ruim mesmo. Faz o papel de uma editora de trailers bem sucedida na carreira e sem sucesso no amor. Ela nnao faz sexo com o marido e reclama porque ele comeu a secretária mais nova que ela. Coisa patética. Bate na cara do cara e se joga numa viagem roubada de troca de casas com uma inglesa, a até que boazinha Kate Winslet, que era amante de um cara e que descobre que ele vai se casar com a namorada e fica mal qorque ele não contou pra ela. Pff 2!
A americana vai pra casa da inglesa que vai pra casa da americana e elas conhecem as pessoas que meio participam uma da vida da outra e daí o filme vai descambando. Enquanto Cameron se apaixona pelo irmão lindo da inglesa, o fodão e super bronzeado Jude Law e beija e trepa e bebe e tenta fazer piadas com ele, Kate fica amiga do vizinho octagenário roteirista e com ele tem jantares divertidos e dhttp://www.blogger.com/img/gl.link.gife muitos papos. A diferença do joie de vivre americano e do high brow inglês. Pfff 3!
Pra piorar entra em cena Jack Black numa situação constrangedora de não=par romântico de Kate fazendo piadas ruins numa atuação que beira a cópia mal feita de um Jim Carrey. (Quem coloca Jack Black numa comédia romântica, pelamordedeus?!!?!?!?!?!?)
E pra piorar: ele faz o papel de compositor de trilhas de filmes e a trilha do filme é o pior do filme. Mesmo. Parece piada. Só faltou ter um personagem diretor de cinema pra confirmar o quanto a tal diretora é ruim.
Diaz se dá pior, no frigir dos ovos, por ter mais espaço no filme, obviamente, mais cenas, contracena com mais gente e se sai pior mais vezes. Tem até um duelo de expressões com um cachorro que é muitas vezes melhor que ela só latindo.
O ponto bonitinho é o da família de Law, suas duas filhas fofas que têm uma sequência boa e bem dirigida numa cabana com o pai e a namorada americana.
Fora isso, o filme é hirritante ao extremo, sem charme, sem humor, sem ritmo, sem nada. Vergonha!
Be happy:
segunda-feira, dezembro 04, 2006
O Labirinto do Fauno + O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias
Guillermo Del Toro é o cara. Nasceu em Guadalara, no México e conquistou o meu coração fantástico! Nascer em Guadalajara é tipo ruim, cidadezinha que não tem nada. Imagino ele moleque parecido com Ofelia, a menina protagonista do maravilhoso O Labirinto do Fauno que, no final da Guerra Civil Espanhola, muda-se com a mãe grávida para um moinho no meio do nada porque seu padastro é um capitão do exército franquista com a missão de capturar uns últimos rebeldes escondidos na floresta perto do ttal moinho. A menina não quer morar no meio do mato, muito menos com um pseudo-hitler como padastro. Mas a mnae tá grávida, apaixonada e nada faz. Então a menina lê. Lê muitos contos de fadas, histórias fantásticas e imaginase fora de lá. Ou melhor, usa essas histórias pra sair um pouco de lá. Já no caminho de chegada encontra uma fada/libélula que a leva a um labirinto de pedra abandonado perto de sua casa/moinho e lá Ofelia descobre um mundo que só ela pode ver e nele viver: ela é a reencarnação da princesa do submundo que tempos atrás resolveu, por curisidade infantil, subir ao mudno dos vivos e assim se tornou uma mortal; rei, rainha, seus pais, esperam seu regresso, mas para ela provar que é a princesa, precisa realizar 3 provas sob a atenção do fauno.
Isso tudo na verdade é uma história a parte, a fuga da menina em meio ao inferno em que vive de soldados e tiros e explosões e da mãe que passa mal com a gravidez perigosa e do padrasto tirano. Enquanto ela pode, ela faz portas de giz e atravessa paredes, segue as fadas que agora têm a forma de um desenho de um de seus livros, corre de monstors com olhos nas mãos e ajuda a dor da mãe colocando sob sua cama uma erva que se parece com um feto que se move. Ofelia na verdade vive em seu mundinho, o mundinho das crianças, quase alheias à realidade à sua volta. E Ofelia não faz nada mais nada menso que tornar seu mundinho particular mais particular ainda e mais interessante ainda.
O filme é um primor em mesclar esse mundinho infantil e fantástico com as agruras de uma guerra quase que particular de um capitão doido e com sede e fome de poder. O pai/padrasto doido e sempre visto de baixo, dando medo com seus pelos saindo da camisa, a mão apática e frágil, sofrendo por causa do filho que o tirando "fez nela". Prato cheio para as escpadas oníricas de Ofelia, a grande pequena atriz de 12 anos Ivana Baquero.
O elenco ainda tem 2 pérolas: o catalão Sergi López como o tirano capitão/padrasto, pra mim o melhor ator espanhol em atividade. E a ótima Maribel Verdu, atriz de Almodovar e do doidão genial Bigas Luna, que faz o papel da empregada do moinho que serve o capitão e na verdade é irmã do chefe dos insurgentes e sua espiã dentro da casa. Ela na verdade é a única adulta que tem um contato mais razoável com Ofelia, a menina, talvez por ser a adulta à mão que não sofre tamanha influência do capitão, a única com quem a menina pode conversar.
O filme é lindo, direção de arte primorosa no escuro da vida normal do moinho e nas cores e no barroco da viagem da menina pelo labirinto e seus mundos encantados. Del Toro sempre cria mundos absurdos em seus filmes, com destaque para Cronos, filme de 93 que passou aqui na mostra de cinema mas nunca entrou em cartaz nem saiu em dvd nem nada.
Nunca imaginaria esse filme sendo feito por aqui, com tanta história e tanto folclore nosso, falta ainda o diretor contador de casos fantásticos.Mas faço um paralelo desse filme com o ótimo O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, do Cao Hamburger. Filme lindo com história muito bem contada sobre um menino de uns 10 anos de idade que em 1970, ano da copa, vai viver com seu avô no bairro judeu do Bom Retiro, em meio a um uundo diferente do seu na Belo Horizonte pacata dos anos 70. Seus pais somem por um tempo, fugindo do governo ditador e prometem ao filho que voltam para verem a copa juntos. A copa chega, o Brasil vence e os pais não dão notícias. Enquanto isso, o menino se adapta a esse novo mundo de velhos e crianças, de rezas e peixes no café da manhã. Ele conhece os moleques da vizinhança e brinca o quanto pode. Mas fica mesmo esperando o telefone em casa tocar para ter notícias dos pais. No Labirinto, a menina viaja para um mundo imaginário de fadas e mostros, fugindo dos monstros do dia a dia. No filme brasileiro, o menino se refugia no mundo da copa, onde afinal todos os brasileiros se refugiam e esquecem seus problemas a cada 4 anos. O único defeito do filme na minha opinião é o diretor querer aparecer um pouco demais e sua mão fica um pouco pesada em planos geniais através de espelhos e afins. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém.
Enquanto isso, me divirto e viajo com filmes como esse Labirinto. Quero mais.
Be happy:
segunda-feira, novembro 27, 2006
O CÉU DE SUELY
O grande filme brasileiro do ano, o filme que todos falam e que todos que viram amam, é na verdade um filme quase iraniano de chato. O Céu de Suely, do Karin Ainouz, é um filme bonito, bacaninha, mas pretensioso demais. Eu pensei no hora bastante no Abril Despedaçado do Walter Salles, o filme nacional mais chato dos últimos 30 anos. E acho que o Walter , por ser produtor do Céu, acaba tendo uma ifluência sobre o projeto, obviamente. Fora que o próprio Karin era o roteirista do Abril. O que esses dois filmes têm de ruim é um pouco da estetização exacerbada do nordeste, neste menos e no Abril mais ainda. A cena final do Rodrigo Santoro lindo numa praia vendo o mar pela primeira vez com a família horrorosa em volta dele, era triste de doer. Nesse Céu, Suely/Hermila é "deixada feia" pelo diretor, para que ela se enquadre melhor na paisagem da cidadezinha do interior do Ceará que ela faz parte. Ela é uma atriz bem bacana, com corpão, mas fizeram um cabelo péssimo nela pra ela ficar mais "baianinha". Só que ela destoa do resto do elenco, com certeza. Não só fisicamente, mas também no tratamento que o diretor lhe dá. Suas cenas são sempre melhor filmadas que do rsesto do elenco. Claro que isso tudo é proposital, mas acaba sendo um defeito. Outro defeito e forçação de barra acaba sendo o elenco de não-atores e o não roteiro a ser seguido, os nomes dos personagens serem os mesmos nomes dos atores. Que preguiça! Fica faltando caminho e direção mesmo, fica faltando um fio condutor não da história, mas de dramaturgia. O elenco de apoio é bom, mas as cenas são ruins, mal filmadas. E fora que isso já tá meio antigo demais, né?
O filme conta a história de Hermila, uma mulher que volta de São Paulo com um filho pequeno pra sua cidade natal no interior do nordeste depois que descobre que São Paulo é muito boa, mas é muito cara. Ela espera seu marido que diz que volta dali um mês e nada. Quando descobre que ele fugiu dela e de suas responsabilidades, ela resolve rifar uma noite de amor com ela para juntar dinheiro e ir pro lugar mais longe que ela conseguir, que acaba sendo Porto Alegre. Em seu tempo de volta na cidade, na casa de sua avó, morando com a tia lésbica que dá em cima da prostituta do posto, Hermila muda de nome pra Suely na esperança de que ninguém descubraque as duas são a mesma pessoa. Mas numa cidade pequena, todo mundo fica sabendo logo, ela quase apanha de uma mulher numa lija e sua avó, horrorizada e com muita vergonha, expulsa a pseudo-puta de sua casa.
Mas os problemas todos de Hermila na verdade estão ali porque ela não se importa com ninguém, nem com seu filho e nem com sua avó, O que parece é que ela só quer sair dali e fugir de novo. Tanto que no final, quando ela finalmentne vai embora da cidade, o diretor não mostra se ela leva ou não seu filho junto. Na minha opinião isso foi por vergonha do diretor mesmo. Talvez pudor, sei lá.
Sei que o filme começa bem, e termina mal.
E no meio ele é bem pretensioso, com cenas de paisagens e fios de alta tensão, e silêncios, quase uma legenda dizendo "esse é o momento de pensar no que a gente tava falando". Por favor! Coisa velha também!
Acho que no final das contas, o que falta nesse filme é um pouco mais de pé no chão de um Amarelo Manga da vida, mais culhão e menos pensar, menos "cabeça". É o problema do Abril, é o problema desse filme. É o que eu chamei de cinema brasileiro-iraniano-playboy.
Mais um filme desperdiçado. Foda!
Be happy:
O grande filme brasileiro do ano, o filme que todos falam e que todos que viram amam, é na verdade um filme quase iraniano de chato. O Céu de Suely, do Karin Ainouz, é um filme bonito, bacaninha, mas pretensioso demais. Eu pensei no hora bastante no Abril Despedaçado do Walter Salles, o filme nacional mais chato dos últimos 30 anos. E acho que o Walter , por ser produtor do Céu, acaba tendo uma ifluência sobre o projeto, obviamente. Fora que o próprio Karin era o roteirista do Abril. O que esses dois filmes têm de ruim é um pouco da estetização exacerbada do nordeste, neste menos e no Abril mais ainda. A cena final do Rodrigo Santoro lindo numa praia vendo o mar pela primeira vez com a família horrorosa em volta dele, era triste de doer. Nesse Céu, Suely/Hermila é "deixada feia" pelo diretor, para que ela se enquadre melhor na paisagem da cidadezinha do interior do Ceará que ela faz parte. Ela é uma atriz bem bacana, com corpão, mas fizeram um cabelo péssimo nela pra ela ficar mais "baianinha". Só que ela destoa do resto do elenco, com certeza. Não só fisicamente, mas também no tratamento que o diretor lhe dá. Suas cenas são sempre melhor filmadas que do rsesto do elenco. Claro que isso tudo é proposital, mas acaba sendo um defeito. Outro defeito e forçação de barra acaba sendo o elenco de não-atores e o não roteiro a ser seguido, os nomes dos personagens serem os mesmos nomes dos atores. Que preguiça! Fica faltando caminho e direção mesmo, fica faltando um fio condutor não da história, mas de dramaturgia. O elenco de apoio é bom, mas as cenas são ruins, mal filmadas. E fora que isso já tá meio antigo demais, né?
O filme conta a história de Hermila, uma mulher que volta de São Paulo com um filho pequeno pra sua cidade natal no interior do nordeste depois que descobre que São Paulo é muito boa, mas é muito cara. Ela espera seu marido que diz que volta dali um mês e nada. Quando descobre que ele fugiu dela e de suas responsabilidades, ela resolve rifar uma noite de amor com ela para juntar dinheiro e ir pro lugar mais longe que ela conseguir, que acaba sendo Porto Alegre. Em seu tempo de volta na cidade, na casa de sua avó, morando com a tia lésbica que dá em cima da prostituta do posto, Hermila muda de nome pra Suely na esperança de que ninguém descubraque as duas são a mesma pessoa. Mas numa cidade pequena, todo mundo fica sabendo logo, ela quase apanha de uma mulher numa lija e sua avó, horrorizada e com muita vergonha, expulsa a pseudo-puta de sua casa.
Mas os problemas todos de Hermila na verdade estão ali porque ela não se importa com ninguém, nem com seu filho e nem com sua avó, O que parece é que ela só quer sair dali e fugir de novo. Tanto que no final, quando ela finalmentne vai embora da cidade, o diretor não mostra se ela leva ou não seu filho junto. Na minha opinião isso foi por vergonha do diretor mesmo. Talvez pudor, sei lá.
Sei que o filme começa bem, e termina mal.
E no meio ele é bem pretensioso, com cenas de paisagens e fios de alta tensão, e silêncios, quase uma legenda dizendo "esse é o momento de pensar no que a gente tava falando". Por favor! Coisa velha também!
Acho que no final das contas, o que falta nesse filme é um pouco mais de pé no chão de um Amarelo Manga da vida, mais culhão e menos pensar, menos "cabeça". É o problema do Abril, é o problema desse filme. É o que eu chamei de cinema brasileiro-iraniano-playboy.
Mais um filme desperdiçado. Foda!
Be happy:
terça-feira, novembro 21, 2006
C.R.A.Z.Y. é um filme bonitinho, mas bem morno.
Muito se passa mas nada acontece.
Em princípio é a história de um menino que nasce nos anos 60 no Canadá e que desde pequeno já se mostra bem diferente de seus 3 irmãos mais velhos, pro martírio de seu pai machão! Ele é mais delicado, mais educado, usa as roupas de sua mãe, gosta de olhar outros meninos. Bom, pra mostrar tudo isso, mostrar que o menino é gay, o diretor demora uns 40 aminutos de infância... parece novela!
A adolescência então, demora mais da metade do filme, e nada. Ele bate num moleque da escola que fica olhando demais pra ele, pega a amiga e não come, diz que pode estragar a amizade, todos os clichês possíveis. Tem até o papo dele ser especial, de curar dor de barriga de criança e estancar sangue de quem se cortou. É só ligar pra ele e pedir. Isso tudo pra mostrar que ele é deiferente (já falei lá em cima, mas é como no filme, tem que ficar confirmando o tempo todo). Como tudo demora no filme e nada se mostra, a gente tem que ficar aguentando o papo furado de família chatinha com irmãos adolescentes problemáticos, inclusive o mais velho drogado que vai preso e vende maconha e sempre chama o rimão de viado.
O tempo passa, o moleque vira um rocker nos anos 80, vai morar sozinho, começa ser dj num clube e nada de sexo...hehehe... Um dia ele tem um sei-lá-o-quê e vai pra Israel e finalmente trepa com um cara, mas sem antes passar mal e vomitar na porta do "boate gay".
Claro que a família muda, todos mudam, todos crescem, o pai aceita o filho como ele é apesar de demorar anos pra isso.
E parece que a gente fica anos e anos no cinema vendo o filme, caretinha e arrastado, mas engraçado e bem feito. Pena que xoxo. Pena.
Be happy:
Muito se passa mas nada acontece.
Em princípio é a história de um menino que nasce nos anos 60 no Canadá e que desde pequeno já se mostra bem diferente de seus 3 irmãos mais velhos, pro martírio de seu pai machão! Ele é mais delicado, mais educado, usa as roupas de sua mãe, gosta de olhar outros meninos. Bom, pra mostrar tudo isso, mostrar que o menino é gay, o diretor demora uns 40 aminutos de infância... parece novela!
A adolescência então, demora mais da metade do filme, e nada. Ele bate num moleque da escola que fica olhando demais pra ele, pega a amiga e não come, diz que pode estragar a amizade, todos os clichês possíveis. Tem até o papo dele ser especial, de curar dor de barriga de criança e estancar sangue de quem se cortou. É só ligar pra ele e pedir. Isso tudo pra mostrar que ele é deiferente (já falei lá em cima, mas é como no filme, tem que ficar confirmando o tempo todo). Como tudo demora no filme e nada se mostra, a gente tem que ficar aguentando o papo furado de família chatinha com irmãos adolescentes problemáticos, inclusive o mais velho drogado que vai preso e vende maconha e sempre chama o rimão de viado.
O tempo passa, o moleque vira um rocker nos anos 80, vai morar sozinho, começa ser dj num clube e nada de sexo...hehehe... Um dia ele tem um sei-lá-o-quê e vai pra Israel e finalmente trepa com um cara, mas sem antes passar mal e vomitar na porta do "boate gay".
Claro que a família muda, todos mudam, todos crescem, o pai aceita o filho como ele é apesar de demorar anos pra isso.
E parece que a gente fica anos e anos no cinema vendo o filme, caretinha e arrastado, mas engraçado e bem feito. Pena que xoxo. Pena.
Be happy:
Adeus Altman!
Ele se vai e a gente vai ter q ficar aturando os copiadores sem o menor talento como o diretor de Crash/lixo.
A vida é dura!
Trocaria o Altman por mais uns 10 anos por pelo menos uns 20 diretores americanos que ganham oscar por aí. E daria de lambuja uns brasileiros também.
Que ele olhe por nós do além.
Descanse em paz. Be happy:
Ele se vai e a gente vai ter q ficar aturando os copiadores sem o menor talento como o diretor de Crash/lixo.
A vida é dura!
Trocaria o Altman por mais uns 10 anos por pelo menos uns 20 diretores americanos que ganham oscar por aí. E daria de lambuja uns brasileiros também.
Que ele olhe por nós do além.
Descanse em paz. Be happy:
PEQUENA MISS SUNSHINE
Bom, que fique registrado já no início do texto, o Pequena Miss Sunshine é um lixo!
Pseudo qualquer coisa, auto-ajuda de quinta. Os diretores não perceberam que o personagem do Greg Kinnear, no fim das contas, seria uma maldição pro filme: um escritor de uma teoria de auto ajuda que fracassa ao tentar lançar seu livro. O filme acaba sendo um filme com uma "filosofia" (fraqunha demais) de união, de família, de valores e toda essa babaquice politicamente correta com uns toques de piada de mau gosto, mas que não funciona, como na teoria dos "9 Passos" do personagem do filme.
Tudo é mal contado, mal explicado. A estética é estranha, a direção de arte é errada, os atores até que se esforçam e quem se sai bem disso tudo é o Steve Carell, o cara que tá virando sensação na tv e no cinema americano. Ele é o tio suicida e gay deprimido do caldeirão de estereótipos do filme.
A história é a seguinte: Olive é uma menina de 8 anos de idade que ficou em segundo lugar em um concurso de miss mirim qualquer coisa. A primeira colocada do concurso tem algum problema e ela é convocada a assumir a primeira colocação e vai participar do concuro de "Pequena Miss Sunshine". Só que sua família mora em algum buraco e tem que ir até Los Angeles em 2 dias onde o concurso vai ser realizado. Como ninguém pode ficar pra trás, eles atravessam o país numa kombi amarela toda cagada e claro que conseguem chegar no seu destino. Mas no meio do caminho eles discutem suas relações dentro do carro e nos enchem o saco!
A família disfuncional é composta do pai escritor fracassado, a mãe que não se sabe de onde veio e que tenta segurar a onda mas não ajuda e nem atrapalha, seria melhor se nem estivesse por lá no fim das contas. O avô cocainômano boca suja que fala o que quer e o que não pode. O filho que resolveu parar de falar há 8 meses. O tio suicida. E a filha que quer ser estrela e vive em seu mundinho de walkman e não vê nada a seu redor. Sorte dela!
Abigail Breslin deve ser catapultada ao estrelato por esse filme, uma nova Dakota Fanning. A menina é ótima, seu papel é ótimo e no final, quando ela se apresenta no concurso, seu número de dança é sarcástico e diferente, digamos assim, do resto.
O filme seria bacana se os atores não se esforçassem tanto. Ou se o roteiro não fosse tão ruim. Ou se o diretor fosse melhorzinho. Ou se a diretora não tentasse fazer da mãe a salvação da família ridícula. Ou se o os clichês não fossem tão óbvios. Quer dizer, pro filme ser bom, teria que começar tudo de novo. E agora já é tarde.
Be happy:
Bom, que fique registrado já no início do texto, o Pequena Miss Sunshine é um lixo!
Pseudo qualquer coisa, auto-ajuda de quinta. Os diretores não perceberam que o personagem do Greg Kinnear, no fim das contas, seria uma maldição pro filme: um escritor de uma teoria de auto ajuda que fracassa ao tentar lançar seu livro. O filme acaba sendo um filme com uma "filosofia" (fraqunha demais) de união, de família, de valores e toda essa babaquice politicamente correta com uns toques de piada de mau gosto, mas que não funciona, como na teoria dos "9 Passos" do personagem do filme.
Tudo é mal contado, mal explicado. A estética é estranha, a direção de arte é errada, os atores até que se esforçam e quem se sai bem disso tudo é o Steve Carell, o cara que tá virando sensação na tv e no cinema americano. Ele é o tio suicida e gay deprimido do caldeirão de estereótipos do filme.
A história é a seguinte: Olive é uma menina de 8 anos de idade que ficou em segundo lugar em um concurso de miss mirim qualquer coisa. A primeira colocada do concurso tem algum problema e ela é convocada a assumir a primeira colocação e vai participar do concuro de "Pequena Miss Sunshine". Só que sua família mora em algum buraco e tem que ir até Los Angeles em 2 dias onde o concurso vai ser realizado. Como ninguém pode ficar pra trás, eles atravessam o país numa kombi amarela toda cagada e claro que conseguem chegar no seu destino. Mas no meio do caminho eles discutem suas relações dentro do carro e nos enchem o saco!
A família disfuncional é composta do pai escritor fracassado, a mãe que não se sabe de onde veio e que tenta segurar a onda mas não ajuda e nem atrapalha, seria melhor se nem estivesse por lá no fim das contas. O avô cocainômano boca suja que fala o que quer e o que não pode. O filho que resolveu parar de falar há 8 meses. O tio suicida. E a filha que quer ser estrela e vive em seu mundinho de walkman e não vê nada a seu redor. Sorte dela!
Abigail Breslin deve ser catapultada ao estrelato por esse filme, uma nova Dakota Fanning. A menina é ótima, seu papel é ótimo e no final, quando ela se apresenta no concurso, seu número de dança é sarcástico e diferente, digamos assim, do resto.
O filme seria bacana se os atores não se esforçassem tanto. Ou se o roteiro não fosse tão ruim. Ou se o diretor fosse melhorzinho. Ou se a diretora não tentasse fazer da mãe a salvação da família ridícula. Ou se o os clichês não fossem tão óbvios. Quer dizer, pro filme ser bom, teria que começar tudo de novo. E agora já é tarde.
Be happy:
segunda-feira, novembro 13, 2006
VOLVER
É impressionante a capacidade de diretores de cinema creiarem mudos tão particulares em sua filmografia. Isso que os faz gênios. Qaundo esses universos criados nos são tão familiares e tão distantes ao mesmo tempo. Hitchcock, Bergman, Fellini, Buñuel, só pra citar uns poucos, são aqueles que nos deixam com vontade de ver "o próximo Lynch". Almodóvar está nessa categoria. E o cara é tão fodão que nem mais é Pedro Almodóvar, é só Almodóvar. Virou marca, nome simples e próprio.
"Volver", seu mais novo petardo, não é sua obra prima, não é um dos seus 3 melhores, como são "Tudo Sobre Minha Mãe", ou "Mulheres A Beira de um Ataque de Nervos". Mas Volver é uma aula de direção de ator. No caso, de direção de atrizes. Mais uma vez Almodóvar faz um filme que gira em torno do universo feminino, onde os atores só aparecem pra foder com a vida das mulheres. E na maioria dos casos terminam mal. Homens e mulheres.
O maior mérito de Volver pra mim são na verdade dois: trazer de volta Carmen Maura, musa, atriz fantástica, brigada com Almodóvar desde Mulheres e que agora volta envelhecida, sem maquiagem, sofredora e a que faz sofrer. O cara é bacana, traz a atriz de volta, mas a atrizz deve ter feito alguma pra ele, porque ele fez questão de deixá-la bem feia no filme. O que no caso, foi ótimo pra ela, meio que o tiro saindo pela culatra. Diferente do segundo mérito do filme, Penélope Cruz. Pra mim, Penéolpe sempre foi a atrizinha mediana e feinha que alguém ressolveu que era bonita e que podia sair em capa de revistas. Nunca engoli. Cada filme que ela fazia, mais bode eu tinha. Mas seu RP deve ser bem fodão, porque além de tudo isso, ela foi namorada ate do Tom Cruise, e se eles se casassem ela ia se chamar Penélope Cruz Cruise, nome bem bom. De qualquer maneira, Volver é o filme da Penélope. Ela já pode morrer ou se aposentar depois desse filme, porque vaitomarnocuzinhorosa como ela tá bem, e tá linda e tá bem demais. É uma pobretona que mora no subúrbio de Madri, casada com um filhodaputa e com um cabelo fodão e com o olho mais lindo do cinema desde Sophia Loren nos anos 50.
O cara perdeu tempo com ela, demorou dirigindo, e valeu a pena. Ela passa o filme com os olhos mareados, prestes a chorar. E quando chora... Ahhh, eu tinha vontade de chorar junto, nem pelo melodrama todo dela, mas só porque ela tava ali chorando. Força dramática é pouco!
A mulher ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes esse ano e duvido que não ganhe o Oscar. Ao menos que os caras resolvam dar pra uma idiota qualquer do nível da Gwyneth mais uma vez.
Menos barroco e mais dramático, menos colorido e maiscontrastado, Volver é o filme que Almodóvar faz pra que a gente se lembre de acender uma vela pra ele de vez em quando pra que ele continue nos deliciando dessa forma.
Be happy:
É impressionante a capacidade de diretores de cinema creiarem mudos tão particulares em sua filmografia. Isso que os faz gênios. Qaundo esses universos criados nos são tão familiares e tão distantes ao mesmo tempo. Hitchcock, Bergman, Fellini, Buñuel, só pra citar uns poucos, são aqueles que nos deixam com vontade de ver "o próximo Lynch". Almodóvar está nessa categoria. E o cara é tão fodão que nem mais é Pedro Almodóvar, é só Almodóvar. Virou marca, nome simples e próprio.
"Volver", seu mais novo petardo, não é sua obra prima, não é um dos seus 3 melhores, como são "Tudo Sobre Minha Mãe", ou "Mulheres A Beira de um Ataque de Nervos". Mas Volver é uma aula de direção de ator. No caso, de direção de atrizes. Mais uma vez Almodóvar faz um filme que gira em torno do universo feminino, onde os atores só aparecem pra foder com a vida das mulheres. E na maioria dos casos terminam mal. Homens e mulheres.
O maior mérito de Volver pra mim são na verdade dois: trazer de volta Carmen Maura, musa, atriz fantástica, brigada com Almodóvar desde Mulheres e que agora volta envelhecida, sem maquiagem, sofredora e a que faz sofrer. O cara é bacana, traz a atriz de volta, mas a atrizz deve ter feito alguma pra ele, porque ele fez questão de deixá-la bem feia no filme. O que no caso, foi ótimo pra ela, meio que o tiro saindo pela culatra. Diferente do segundo mérito do filme, Penélope Cruz. Pra mim, Penéolpe sempre foi a atrizinha mediana e feinha que alguém ressolveu que era bonita e que podia sair em capa de revistas. Nunca engoli. Cada filme que ela fazia, mais bode eu tinha. Mas seu RP deve ser bem fodão, porque além de tudo isso, ela foi namorada ate do Tom Cruise, e se eles se casassem ela ia se chamar Penélope Cruz Cruise, nome bem bom. De qualquer maneira, Volver é o filme da Penélope. Ela já pode morrer ou se aposentar depois desse filme, porque vaitomarnocuzinhorosa como ela tá bem, e tá linda e tá bem demais. É uma pobretona que mora no subúrbio de Madri, casada com um filhodaputa e com um cabelo fodão e com o olho mais lindo do cinema desde Sophia Loren nos anos 50.
O cara perdeu tempo com ela, demorou dirigindo, e valeu a pena. Ela passa o filme com os olhos mareados, prestes a chorar. E quando chora... Ahhh, eu tinha vontade de chorar junto, nem pelo melodrama todo dela, mas só porque ela tava ali chorando. Força dramática é pouco!
A mulher ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes esse ano e duvido que não ganhe o Oscar. Ao menos que os caras resolvam dar pra uma idiota qualquer do nível da Gwyneth mais uma vez.
Menos barroco e mais dramático, menos colorido e maiscontrastado, Volver é o filme que Almodóvar faz pra que a gente se lembre de acender uma vela pra ele de vez em quando pra que ele continue nos deliciando dessa forma.
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