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Histórias fílmicas que valham a pena. Fotos insignificantemente indispensáveis.
domingo, dezembro 31, 2006
O LIBERTINO
Johnny Depp é bacana. Todo mundo sabe disso, todo mundo diz isso, e começar um texto dizendo isso, apesar da redundância, mostra que mais uma vez o cara bacana, o ator bacana escolheu mais um filme bacana pra fazer, como esperado. Na verdade eu tô com vontade de ver o Depp numa comédia romântica com a Cameron Diaz, bem lixo, pra variar.
Não, melhor não.
Seu filme "O Libertino", conta a história de um cara meio Marques de Sade na Inglaterra vitoriana, só que sem o talento literário do francês, apenas com o mesmo talento libertino.
Casado, nobre, amigo do rei, beberrão, artista, escritor, diretor de teatro, fornicador, bissexual, provocador, o cara fazia de tudo. E por seus excessos ele se perdeu. Sem sutilezas e sem poupar o personagem de muita coisa.
O filme não é tão "pesado" quanto se esperaria de uma história dessas, é mais ousado esteticamente, o que já é uma grande coisa: a câmera tá sempre "viva", se movendo, nunca parada, mesmo num tripé; o diretor brinca muito com mudanças de foco de formas bem boas e com ótimo apelo dramático pras cenas; velas são usadas muitas vezes na iluminação imprimindo um grão interessante à fotografia.
O filme é baseado numa peça, adaptada pelo próprio autor para a telona e muito do que se veria no palco, se passa em palcos, seja num teatro num ensaio de uma peça, seja no parlamento quando Depp zumbi discursa a favor do rei Malkovich com um narigão genial.
O sexo no filme é quase banalizado. O sexy Depp com seu namorado, sua esposa e suas amantes, a atriz e a puta, exala tesão em seus gestos e em seus olhares. O cara é bom e pronto.
Samantha Morton como a atriz/amante dá outro show, mais um, como toda vez que aparece em qualquer filme.
Em princípio eu fiquei reticente, porque o filme começa com uma sequência bem estranha, meio que já mostra que o diretor quer se exibir um pouco, mas ele se recupera logo em seguida e mostra que além de saber o que fazer com bons atores, sabe o que fazer com uma produçnao caprichada e sabe muito bem o que fazer com uma história boa.
Be happy:
Johnny Depp é bacana. Todo mundo sabe disso, todo mundo diz isso, e começar um texto dizendo isso, apesar da redundância, mostra que mais uma vez o cara bacana, o ator bacana escolheu mais um filme bacana pra fazer, como esperado. Na verdade eu tô com vontade de ver o Depp numa comédia romântica com a Cameron Diaz, bem lixo, pra variar.
Não, melhor não.
Seu filme "O Libertino", conta a história de um cara meio Marques de Sade na Inglaterra vitoriana, só que sem o talento literário do francês, apenas com o mesmo talento libertino.
Casado, nobre, amigo do rei, beberrão, artista, escritor, diretor de teatro, fornicador, bissexual, provocador, o cara fazia de tudo. E por seus excessos ele se perdeu. Sem sutilezas e sem poupar o personagem de muita coisa.
O filme não é tão "pesado" quanto se esperaria de uma história dessas, é mais ousado esteticamente, o que já é uma grande coisa: a câmera tá sempre "viva", se movendo, nunca parada, mesmo num tripé; o diretor brinca muito com mudanças de foco de formas bem boas e com ótimo apelo dramático pras cenas; velas são usadas muitas vezes na iluminação imprimindo um grão interessante à fotografia.
O filme é baseado numa peça, adaptada pelo próprio autor para a telona e muito do que se veria no palco, se passa em palcos, seja num teatro num ensaio de uma peça, seja no parlamento quando Depp zumbi discursa a favor do rei Malkovich com um narigão genial.
O sexo no filme é quase banalizado. O sexy Depp com seu namorado, sua esposa e suas amantes, a atriz e a puta, exala tesão em seus gestos e em seus olhares. O cara é bom e pronto.
Samantha Morton como a atriz/amante dá outro show, mais um, como toda vez que aparece em qualquer filme.
Em princípio eu fiquei reticente, porque o filme começa com uma sequência bem estranha, meio que já mostra que o diretor quer se exibir um pouco, mas ele se recupera logo em seguida e mostra que além de saber o que fazer com bons atores, sabe o que fazer com uma produçnao caprichada e sabe muito bem o que fazer com uma história boa.
Be happy:
sexta-feira, dezembro 29, 2006
O Amor Não Tira Férias
Aquela piada de "filme água com açúcar se você for diabético não vá ver" encaixa-se perfeitamente nessa bomba. Triste de ver um filme que é dirigido por uma roteirista meio até que conceituada e que tenha um roteiro tão porcaria e previsível e com diálogos tão... péssimos! Impressionante! E ela ainda coloca um personagem de um roteirista veterano de hollywood, acho que meio que pra fazer uma homenagem a alguém e de repente o cara some do filme, pfff!
Bom, a história tosca de duas mulheres desiludidas da vida e perdidas por causa de relacionamentos que não deram certo (!!!) começa mal e termina do jeito que a gente já sabe que vai terminar depois de ver os primeiros 10 minutos desse " O Amor Não Tira Férias". O filme tem dinheiro, tem uma direção de arte razoável, mas se perde em tudo. Cameron Diaz não tem jeito, é uma atriz muito ruim mesmo. Faz o papel de uma editora de trailers bem sucedida na carreira e sem sucesso no amor. Ela nnao faz sexo com o marido e reclama porque ele comeu a secretária mais nova que ela. Coisa patética. Bate na cara do cara e se joga numa viagem roubada de troca de casas com uma inglesa, a até que boazinha Kate Winslet, que era amante de um cara e que descobre que ele vai se casar com a namorada e fica mal qorque ele não contou pra ela. Pff 2!
A americana vai pra casa da inglesa que vai pra casa da americana e elas conhecem as pessoas que meio participam uma da vida da outra e daí o filme vai descambando. Enquanto Cameron se apaixona pelo irmão lindo da inglesa, o fodão e super bronzeado Jude Law e beija e trepa e bebe e tenta fazer piadas com ele, Kate fica amiga do vizinho octagenário roteirista e com ele tem jantares divertidos e dhttp://www.blogger.com/img/gl.link.gife muitos papos. A diferença do joie de vivre americano e do high brow inglês. Pfff 3!
Pra piorar entra em cena Jack Black numa situação constrangedora de não=par romântico de Kate fazendo piadas ruins numa atuação que beira a cópia mal feita de um Jim Carrey. (Quem coloca Jack Black numa comédia romântica, pelamordedeus?!!?!?!?!?!?)
E pra piorar: ele faz o papel de compositor de trilhas de filmes e a trilha do filme é o pior do filme. Mesmo. Parece piada. Só faltou ter um personagem diretor de cinema pra confirmar o quanto a tal diretora é ruim.
Diaz se dá pior, no frigir dos ovos, por ter mais espaço no filme, obviamente, mais cenas, contracena com mais gente e se sai pior mais vezes. Tem até um duelo de expressões com um cachorro que é muitas vezes melhor que ela só latindo.
O ponto bonitinho é o da família de Law, suas duas filhas fofas que têm uma sequência boa e bem dirigida numa cabana com o pai e a namorada americana.
Fora isso, o filme é hirritante ao extremo, sem charme, sem humor, sem ritmo, sem nada. Vergonha!
Be happy:
Aquela piada de "filme água com açúcar se você for diabético não vá ver" encaixa-se perfeitamente nessa bomba. Triste de ver um filme que é dirigido por uma roteirista meio até que conceituada e que tenha um roteiro tão porcaria e previsível e com diálogos tão... péssimos! Impressionante! E ela ainda coloca um personagem de um roteirista veterano de hollywood, acho que meio que pra fazer uma homenagem a alguém e de repente o cara some do filme, pfff!
Bom, a história tosca de duas mulheres desiludidas da vida e perdidas por causa de relacionamentos que não deram certo (!!!) começa mal e termina do jeito que a gente já sabe que vai terminar depois de ver os primeiros 10 minutos desse " O Amor Não Tira Férias". O filme tem dinheiro, tem uma direção de arte razoável, mas se perde em tudo. Cameron Diaz não tem jeito, é uma atriz muito ruim mesmo. Faz o papel de uma editora de trailers bem sucedida na carreira e sem sucesso no amor. Ela nnao faz sexo com o marido e reclama porque ele comeu a secretária mais nova que ela. Coisa patética. Bate na cara do cara e se joga numa viagem roubada de troca de casas com uma inglesa, a até que boazinha Kate Winslet, que era amante de um cara e que descobre que ele vai se casar com a namorada e fica mal qorque ele não contou pra ela. Pff 2!
A americana vai pra casa da inglesa que vai pra casa da americana e elas conhecem as pessoas que meio participam uma da vida da outra e daí o filme vai descambando. Enquanto Cameron se apaixona pelo irmão lindo da inglesa, o fodão e super bronzeado Jude Law e beija e trepa e bebe e tenta fazer piadas com ele, Kate fica amiga do vizinho octagenário roteirista e com ele tem jantares divertidos e dhttp://www.blogger.com/img/gl.link.gife muitos papos. A diferença do joie de vivre americano e do high brow inglês. Pfff 3!
Pra piorar entra em cena Jack Black numa situação constrangedora de não=par romântico de Kate fazendo piadas ruins numa atuação que beira a cópia mal feita de um Jim Carrey. (Quem coloca Jack Black numa comédia romântica, pelamordedeus?!!?!?!?!?!?)
E pra piorar: ele faz o papel de compositor de trilhas de filmes e a trilha do filme é o pior do filme. Mesmo. Parece piada. Só faltou ter um personagem diretor de cinema pra confirmar o quanto a tal diretora é ruim.
Diaz se dá pior, no frigir dos ovos, por ter mais espaço no filme, obviamente, mais cenas, contracena com mais gente e se sai pior mais vezes. Tem até um duelo de expressões com um cachorro que é muitas vezes melhor que ela só latindo.
O ponto bonitinho é o da família de Law, suas duas filhas fofas que têm uma sequência boa e bem dirigida numa cabana com o pai e a namorada americana.
Fora isso, o filme é hirritante ao extremo, sem charme, sem humor, sem ritmo, sem nada. Vergonha!
Be happy:
segunda-feira, dezembro 04, 2006
O Labirinto do Fauno + O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias
Guillermo Del Toro é o cara. Nasceu em Guadalara, no México e conquistou o meu coração fantástico! Nascer em Guadalajara é tipo ruim, cidadezinha que não tem nada. Imagino ele moleque parecido com Ofelia, a menina protagonista do maravilhoso O Labirinto do Fauno que, no final da Guerra Civil Espanhola, muda-se com a mãe grávida para um moinho no meio do nada porque seu padastro é um capitão do exército franquista com a missão de capturar uns últimos rebeldes escondidos na floresta perto do ttal moinho. A menina não quer morar no meio do mato, muito menos com um pseudo-hitler como padastro. Mas a mnae tá grávida, apaixonada e nada faz. Então a menina lê. Lê muitos contos de fadas, histórias fantásticas e imaginase fora de lá. Ou melhor, usa essas histórias pra sair um pouco de lá. Já no caminho de chegada encontra uma fada/libélula que a leva a um labirinto de pedra abandonado perto de sua casa/moinho e lá Ofelia descobre um mundo que só ela pode ver e nele viver: ela é a reencarnação da princesa do submundo que tempos atrás resolveu, por curisidade infantil, subir ao mudno dos vivos e assim se tornou uma mortal; rei, rainha, seus pais, esperam seu regresso, mas para ela provar que é a princesa, precisa realizar 3 provas sob a atenção do fauno.
Isso tudo na verdade é uma história a parte, a fuga da menina em meio ao inferno em que vive de soldados e tiros e explosões e da mãe que passa mal com a gravidez perigosa e do padrasto tirano. Enquanto ela pode, ela faz portas de giz e atravessa paredes, segue as fadas que agora têm a forma de um desenho de um de seus livros, corre de monstors com olhos nas mãos e ajuda a dor da mãe colocando sob sua cama uma erva que se parece com um feto que se move. Ofelia na verdade vive em seu mundinho, o mundinho das crianças, quase alheias à realidade à sua volta. E Ofelia não faz nada mais nada menso que tornar seu mundinho particular mais particular ainda e mais interessante ainda.
O filme é um primor em mesclar esse mundinho infantil e fantástico com as agruras de uma guerra quase que particular de um capitão doido e com sede e fome de poder. O pai/padrasto doido e sempre visto de baixo, dando medo com seus pelos saindo da camisa, a mão apática e frágil, sofrendo por causa do filho que o tirando "fez nela". Prato cheio para as escpadas oníricas de Ofelia, a grande pequena atriz de 12 anos Ivana Baquero.
O elenco ainda tem 2 pérolas: o catalão Sergi López como o tirano capitão/padrasto, pra mim o melhor ator espanhol em atividade. E a ótima Maribel Verdu, atriz de Almodovar e do doidão genial Bigas Luna, que faz o papel da empregada do moinho que serve o capitão e na verdade é irmã do chefe dos insurgentes e sua espiã dentro da casa. Ela na verdade é a única adulta que tem um contato mais razoável com Ofelia, a menina, talvez por ser a adulta à mão que não sofre tamanha influência do capitão, a única com quem a menina pode conversar.
O filme é lindo, direção de arte primorosa no escuro da vida normal do moinho e nas cores e no barroco da viagem da menina pelo labirinto e seus mundos encantados. Del Toro sempre cria mundos absurdos em seus filmes, com destaque para Cronos, filme de 93 que passou aqui na mostra de cinema mas nunca entrou em cartaz nem saiu em dvd nem nada.
Nunca imaginaria esse filme sendo feito por aqui, com tanta história e tanto folclore nosso, falta ainda o diretor contador de casos fantásticos.Mas faço um paralelo desse filme com o ótimo O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, do Cao Hamburger. Filme lindo com história muito bem contada sobre um menino de uns 10 anos de idade que em 1970, ano da copa, vai viver com seu avô no bairro judeu do Bom Retiro, em meio a um uundo diferente do seu na Belo Horizonte pacata dos anos 70. Seus pais somem por um tempo, fugindo do governo ditador e prometem ao filho que voltam para verem a copa juntos. A copa chega, o Brasil vence e os pais não dão notícias. Enquanto isso, o menino se adapta a esse novo mundo de velhos e crianças, de rezas e peixes no café da manhã. Ele conhece os moleques da vizinhança e brinca o quanto pode. Mas fica mesmo esperando o telefone em casa tocar para ter notícias dos pais. No Labirinto, a menina viaja para um mundo imaginário de fadas e mostros, fugindo dos monstros do dia a dia. No filme brasileiro, o menino se refugia no mundo da copa, onde afinal todos os brasileiros se refugiam e esquecem seus problemas a cada 4 anos. O único defeito do filme na minha opinião é o diretor querer aparecer um pouco demais e sua mão fica um pouco pesada em planos geniais através de espelhos e afins. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém.
Enquanto isso, me divirto e viajo com filmes como esse Labirinto. Quero mais.
Be happy: