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Histórias fílmicas que valham a pena. Fotos insignificantemente indispensáveis.
segunda-feira, março 27, 2006
UM PLANO PERFEITO
Ai ai ai!
Como é bom ver filme bom!
Um Plano Perfeito do Spike Lee é tão bom, mas tão bom que no meio da projeção eu fiquei em dúvida se o filme era tão bom mesmo ou se eu estava sonhado.
O roteiro é magnífico, um filme de assalto perfeito com um elenco extraordinário e com uma direção tão bacana, tão bem cuidada que te deixa de boca aberta durante o filme todo.
O bom de filmes assim, com roteiros tão bem escritos e com um diretor tão fodão por trás, é que tudo acaba sendo bom, das atuações à trilha sonora, da fotografia à decupagem.
Não tenho certeza, mas provavelmente esse filme não é um projeto pessoal de Lee, mas sim do produtor Brian Glazer, que deve ter acahado o roteiro e entregou nas mãos do cara fodão.
Ponto pra ele, Glazer, que ao invés de pegar qualquer desses diretorzinhos porcaria de filmes de ação bestas americanos, resolveu pegar um grande diretor.
A gente vê a mão de Lee no filme todo, em detalhes, como no elenco e nos personagens, mostrando o multiculturalismo e mulitracial de NYork.
Uma única cena do filme me incomodou, mas eu a vi como uma piada interna: no momento que o ladrão Clive Owen chama o policial Denzel Washington para conversar dentro do banco, Lee coloca seu ator chave num travelling, como se ele pairasse sobre toda a papagaida que rola em sua volta. Essa cena, eles já tinham feito em Malcolm X, num momento chave que é quando o mesmo Washington no papel principal vai fazer o discurso que ele é assassinado.
Lá era bacana, aqui fica estranho, o momento dramático é outro bem diferente.
Mas isso é só um pequeno detalhe num mar de maravilhas cinematográficas.
Uma dessas maravilhas é Jodi Foster num papel coadjuvante de luxo. E isso só consegue uma dupla do calibre Lee/Glazer.
Que delícia!
Se tivéssemos um filme desses por mês, nossa vida seria muito melhor.
Com certeza! Be happy:
domingo, março 12, 2006
ORGULHO E PRECONCEITO
Eu fico impressionado com a lógica (ou com a falta dela) de Hollywood.
Orgulho e Preconceito é um filme bem besta inglês que teve uma caralhada de indicação pro Oscar desse ano.
Tudo bem que os americanos pagam pau pra os ingleses colonizadores, pela história que eles têm etc.
Mas achar que esse filme tenha mais "valor" do que o grande injustiçado desse ano Marcas da Violência é um absurdo!
A história é aquela mesma que já conhecemos de ooutras versões no cinema da menina pobre e inteligente que conquista o rico e inteligente Mr. Darcy, tão famoso por seu ar de superioridade.
Nesse caso, a menina é a atriz Keyra Knightley, a revelação do cinema inglês que estourou em Hollywood em Piratas do Caribe.
Ela é boa, bonitinha e foi eleita a mais bem vestida da festa do Oscar desse ano (se é que isso quer dizer qualquer coisa).
Mas vemos também os paga-paus ianques indicando ano após ano a grande Judy Dench que rouba praticamente as cenas de todos os filmes que participa.
De qualquer maneira, os ingleses tentam fazer uns filmes bacanas e de vez em quando, bem de vez em quando, acabam conseguindo alguma coisa interessante.
Bom, de vez em quando mesmo, acho que os últimos interessantes foram filmes de máfia inglesa. Na verdade, acho que mais que filmes bons, alguns grandes atores têm saído da ilha como o novo 007 e a oscarizada dirigida por Fernando Meireles.
Assim sendo, Orgulho e Preconceito é mais um desses filmecos bem dirigidos, com luz boa e direção de arte interessante com uns atores diferentes dando tudo de si. E com uns atores fodões em papéis menores se sobressaindo de todos os outros como o casal Donald Sutherland e Brenda Blethyn e a já citada Judy Dench.
Aliás, Dame Dench deve ser a recordista de papéis de "dama" no cinema inglês: todo filme com uma baronesa, condessa, rainha, ou qualquer coisa que o valha, tem a atriz em algum papel, por menor que seja.
Nesse caso, ela é de novo uma ricaça com um título nobre num papel mínimo e relevante.
Mas nada disso salva o filme: longo, sem graça, mas com uma trilha sonora bem bacana.
O velho e bom "bonitinho mas ordinário". Acho que deveria ter entrado na sala do lado e assistido Firewall, pelo menos lixo assumido! Be happy:
segunda-feira, março 06, 2006
OSCAR 2006
Aqui vai minha indignação com a premiação do Crash!
Lixo, lixo, lixo!
Numa noite que premia Reese Whiterspoon melhor atriz onde até a própria diz que ela nem em seus sonhos mais absurdos imaginaria estar lá com o prêmio nas mãos.
Na noite que premia um rap porcaria (tá bom, pleonasmo) como melhor canção e onde o próprio apresentador Jon Stewart diz que não se conformava dos rappers tinham ganho e Martin Scorcese nunca ganhou nada!
Numa noite que premia um filmeco sul africano como melhor estrangeiro e releva o grande Paradise Now!
Priemios óbvios e bacanas: Capotte melhor ator, roteiro para Brokeback Mountain e diretor pra Ang Lee.
E a linda e talentosíssima Rachel Weiz como melhor coadjuvante.
Mas premiar Crash melhor filme, é o grande sinal do poder do lobby anti-gay, na minha opinião!
Na minha opinião, foi sacanagem mesmo numa noite que premia Robert Altman com um Oscar pelo conjunto da obra, o cara que fez todos os filmes que o cara do Crash tentou copiar e não conseguiu.
Absurdo! Be happy:
Aqui vai minha indignação com a premiação do Crash!
Lixo, lixo, lixo!
Numa noite que premia Reese Whiterspoon melhor atriz onde até a própria diz que ela nem em seus sonhos mais absurdos imaginaria estar lá com o prêmio nas mãos.
Na noite que premia um rap porcaria (tá bom, pleonasmo) como melhor canção e onde o próprio apresentador Jon Stewart diz que não se conformava dos rappers tinham ganho e Martin Scorcese nunca ganhou nada!
Numa noite que premia um filmeco sul africano como melhor estrangeiro e releva o grande Paradise Now!
Priemios óbvios e bacanas: Capotte melhor ator, roteiro para Brokeback Mountain e diretor pra Ang Lee.
E a linda e talentosíssima Rachel Weiz como melhor coadjuvante.
Mas premiar Crash melhor filme, é o grande sinal do poder do lobby anti-gay, na minha opinião!
Na minha opinião, foi sacanagem mesmo numa noite que premia Robert Altman com um Oscar pelo conjunto da obra, o cara que fez todos os filmes que o cara do Crash tentou copiar e não conseguiu.
Absurdo! Be happy:
quinta-feira, março 02, 2006
CAPOTE e JOHNNY & JUNE
Dia engraçado no cinema: assisti, na volta do carnaval, Capote e Johnny e June, quase na sequência.
E fiquei meio decepcionado com os dois.
Começando com Capote.
O filme é bacana, fotografia linda, direção de arte bacana, direção relax, sem modismos ou estrelismos exacerbados. O que acontece é que a história é muito boa: o já famoso escritor Truman Capote, em 1959, fica sabendo de um crima no interior do Kansas, perto de onde o furacão levou a Dorothy, e acha que a história daria uma boa matéria para a revista que ele escrevia. Vai pro tal fim do mundo e descobre que a história daria, na verdade, um livro.
(Se ele morasse hoje no Rio de Janeiro, por exemplo, escreveria um livro por semana, senão um por dia.)
Philip Seymour Hoffman dá um show no papel do escritor gay, meio dândi, que se apaixona por um dos envolvidos no crime e faz de tudo, de tudo mesmo, pra conseguir todas as informações que ele quer para escrever seu livro.
Claro que ele ganhará o Oscar, claro que ele continuará ser elogiado por essa performance o resto da vida e claro que um dia ele reclamará do fardo que isso será pra ele, mas com certeza o papel é um presente para um ator bom do nível dele.
O filme na verdade poderia ser uma discussão sobre moral e escrúpulos, mas o diretor e o roteirista preferem centrar mesmo o foco em Capote e suas "técnicas" de persuadir quem lhe interessa, técnicas essas bastante discutíveis, apesar de mostrá-lo chorando bastante em momento decisivo do filme.
Acho que a indicação de Catherine Keener para o Oscar de coadjuvante um exagero, apesar de gostar muito dela, principalmente em filmes como Sendo John Malkovich.
Mas o filme é bacana, vale a pena assistí-lo.
Ao contrário de Johnny e June.
O filme poderia ser maravilhoso, mas é chatinho, careta, acabou sendo uma historinha de amor banal, se não fossee pelo problema das drogas do personagem principal.
O filme é a história de Johnny Cash, o grnade músico americano e seu amor por June Carter, uma famosa cantora "country, com quem excursionava no início dos anos 60's em turnês com os grandes nomes do início do rock como Jerry Lee Lewis, Elvis, Roy Orbinson dentre outros.
A história acaba sendo uma história besta de um astro de rock doidão, casado com 3 filhas, que vindo de uma família pobre, com problemas com o pai, saudades do irmão que morreu na infância, por causa da pobreza, acaba se perdendo no meio do sucesso, saindo com mulheres, tomando pílulas e mais pílulas de anfetamina o tempo todo, brigando com a mulher, sumindo e se apaixona pehttp://www.blogger.com/img/gl.link.gifla colega cantora.
Joaquin Phoenix tá bem bom no papel de Cash, principalmente quando canta, quando faz os shows, daí vemos o quanto ele poderia ser um rock star.
Reese Whiterspoon também dá um showzinho à parte cantando, mas sua interpretação é apenas OK, nada que faça com que seja tão exagerada toda essa adoração a ela recente, inclusive com um papo que seu próximo cachê será de 29 milhões de dólares.
Como assim?
Eu, sinceramente, não via a hora do filme terminar.
E olha que sou fã de carteirinha do velho e bom River Phoenix (de onde veio esse Joaquim?).
Em dois filmes no mesmo dia, que mostram dois fortes concorrentes ao prêmio de ator principal, o saldo acaba sendo negativo.
Tá bom, ficou na média, pelo acting de Hoffman, inesquecível e exemplar.
Mas só.
Pouco demais pra mim.
Quer ver grande atuação de ator, é só ver James Mason em Lolita, meu filme do carnaval! Be happy: